Mercadante discorda de punição partidária para Marina Silva
Ao discursar da Tribuna, nesta quinta-feira (13), o líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), declarou-se contrário a que seu partido invoque a fidelidade partidária para retirar o mandato da senadora Marina Silva (PT-AC), na hipótese de a senadora decidir filiar-se ao PV para disputar a Presidência da República em 2010.
Marcadante disse não concordar com aqueles integrantes do PT para quem, "ao fazer a opção por essa caminhada, ela [Marina Silva] deixaria de ter os vínculos históricos que tem com o partido". O senador acrescentou que não vê "nenhum sentido" na perda do mandato por parte de Marina Silva, "apesar da fidelidade partidária".
Mercadante leu carta aberta endereçada a Marina Silva, assinada por todos os senadores que integram a bancada do PT no Senado. Na carta, os senadores destacam a coincidência entre a trajetória histórica do PT e de Marina Silva, recordando o importante papel desempenhado por ela na luta pela sustentabilidade ambiental no Brasil.
"Mas qualquer que seja a sua decisão, seu vínculo com o PT jamais se quebrará. Sempre será assim, esteja onde ela estiver. E, esteja onde ela estiver, terá o nosso carinho, nossa admiração, nossa história comum", diz a carta.
Eduardo Suplicy (PT-SP), em aparte, manifestou seu apoio ao pronunciamento de Mercadante relatando ter observado em todo o PT, "manifestação explícita" de que nenhuma punição deverá ser aplicada à senadora Marina Silva, caso deixe o PT.
Folha de S. Paulo
Mercadante também rebateu notícia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, segundo a qual o ex-senador Gilberto Miranda faria acusações contra ele e o senador Sergio Guerra (PSDB-PE) caso não vingasse o "acordão" para livrar de processos no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
Mercadante leu nota do próprio Gilberto Miranda negando a existência das acusações.
13/08/2009
Agência Senado
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