Para Marina Silva, muitas respostas não convenceram



Ressalvando que não tem prática de tribunal, a senadora Marina Silva (PT-AC) repetiu aos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF) e a Regina Borges, ex-diretora do Prodasen, perguntas já feitas por integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar mas que tiveram respostas que, em sua opinião, não convenceram.

Marina perguntou a Regina Borges se ela seria inconseqüente a ponto de, consultada sobre a violabilidade do sistema de votação do Senado, interpretar isso como uma ordem para extrair uma lista dos que votaram na sessão que cassou o mandato do então senador Luiz Estevão. Invocando 25 anos de serviços prestados ao Senado, Regina Borges disse que nunca teve uma atitude inconseqüente no Senado.

A ex-diretora sustentou que não recebeu nenhuma ordem para checar a segurança do sistema de votação, mas para extrair a lista de votos. Indagada por Marina Silva sobre qual o destino que devia dar a essa lista, a ex-diretora do Prodasen respondeu que Arruda a orientou a entregar o documento a seu assessor. Posteriormente, o documento seria entregue a Antonio Carlos Magalhães, ficando acertado que Regina Borges receberia um telefonema de retorno, confirmando que o documento estava nas mãos do presidente do Senado.

Foi o que aconteceu, segundo a funcionária, quando ela recebeu, posteriormente, um telefonema de Antonio Carlos Magalhães. E foi com esse telefonema, conforme explicou, que ela tranqüilizou os funcionários que, a seu pedido, tinham passado a madrugada modificando o programa que garantia a segurança do sistema de votação.

Questionados por Marina Silva, o ex-presidente do Senado e José Roberto Arruda voltaram a sustentar suas versões. O primeiro, dizendo que não autorizou ninguém a fazer consulta em seu nome. E Arruda, sustentando que agiu a pedido de Antonio Carlos Magalhães.

03/05/2001

Agência Senado


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