Mercadante justifica aumento do salário mínimo



O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira (29), em entrevista em seu gabinete, que o governo priorizou as famílias mais pobres, ao aumentar o salário família. Segundo ele, as "pressões fiscais muito severas" impediram um aumento do salário mínimo maior do que R$ 20.

De acordo com o líder, a ampliação do mínimo para R$ 260 irá causar despesas orçamentárias de R$ 4,28 bilhões. Isso equivale, acrescentou, a um terço de tudo o que o país irá investir, em estradas, saúde, portos etc.

Mercadante disse que o governo priorizou os mais pobres e os mais vulneráveis. Afirmou que um chefe de família com três filhos até 14 anos que ganhe o salário mínimo mais o salário família terá sua renda aumentada de R$ 282 para R$ 320.

- O impacto orçamentário é o menor possível e o alcance social é o maior possível - afirmou o senador.

O senador disse ainda que não vê possibilidades de o Congresso Nacional alterar a medida provisória que conterá o novo valor do salário mínimo para que este seja aumentado. Segundo ele, não há espaço para isto, "a não ser que se corte programas essenciais".



29/04/2004

Agência Senado


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