Mesmo sem acordo sobre salário mínimo, começa discussão do relatório final do orçamento
Numa reunião no início da noite, na casa do presidente da Câmara, Aécio Neves, os líderes governistas decidiram tentar votar o orçamento mesmo com obstrução oposicionista, ao mesmo tempo em que o líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), conversaria com o presidente Fernando Henrique sobre as reivindicações do PT, PDT, PC do B, PSB, PL e PPS.
Basicamente, as oposições querem um salário mínimo em abril superior aos R$ 200 acertados na semana passada e a edição de uma medida provisória prevendo renegociação das dívidas de pequenos agricultores. O PDT insiste também em um aumento para o funcionalismo federal superior a 3,5%.
Ao final da reunião dos líderes dos partidos da base do governo, o líder do PFL na Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE), afirmou que os governistas estavam dispostos a votar o orçamento neste ano. Disse ainda que o presidente da Câmara pretende se reunir com os líderes de oposição nesta sexta-feira (21) e fazer "um apelo patriótico" para votação do orçamento, principalmente por causa dos recentes acontecimentos na Argentina. "O Brasil não pode passar a impressão de que tem algum problema", disse. Para ele, notícias de que o governo brasileiro não conseguiu votar no Congresso o orçamento "podem ter péssimas repercussões".
O presidente do Senado, Ramez Tebet, e o presidente da Câmara, Aécio Neves, reúnem-se hoje para decidir a prorrogação, por mais uma semana, da convocação extraordinária do Congresso, para votação do Orçamento da União de 2002. A idéia dos líderes governistas é estender os trabalhos até o final da próxima semana.
20/12/2001
Agência Senado
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