Metais pesados contaminam os principais rios do estado
Estudo da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais, ligada ao Ministério de Minas e Energia, revela que os principais rios do estado estão contaminados por metais pesados. No primeiro mapeamento feito em 20 anos, foi analisada a água de cem rios do estado e em 72 foram constatados altos índices de chumbo, cádmio, alumínio, arsênio, cobre e zinco.
Entre os mais poluídos estão o Paraíba do Sul e o Guandu, que abastecem o Rio: uma amostra do Guandu apresentou 129 partículas de zinco por milhão, quando o limite, de acordo com padrões internacionais, é de 70. Especialistas advertem que esta água é usada na agricultura e pode contaminar frutas e hortaliças.
A Cedae garante que tira qualquer tipo de metal da água usada pelo carioca, mas reconhece que Niterói pode enfrentar falta d'água porque os rios Macacu e Guapiaçu, que abastecem a cidade, estão praticamente mortos. (pág. 1 e 17)
Em troca da possibilidade do perdão judicial, ela revelou o esquema que contava, por exemplo, com uma caixinha que rendia ao funcionário envolvido até R$ 1.500 pelo lançamento de cada benefício irregular no sistema.
O esquema, coordenado por um grupo já identificado pelos agentes da Força-Tarefa de Combate aos Crimes contra a Previdência, funcionou entre agosto de 1997 e maio de 1998.
Segundo a testemunha, os recursos gerados pela quadrilha beneficiariam até o então coordenador de benefícios da Previdência no Rio, José Marinho Paulo. Junto com dois assessores, contra a ex-funcionária, o coordenador cobrava comissão dos servidores envolvidos.
O esquema chegou ao requinte, de acordo com o depoimento, de prever o pagamento de "luvas" de R$ 30 mil para que um funcionário ligado ao grupo pudesse obter uma vaga num dos postos considerados mais lucrativos. (...)
Segundo a testemunha, Marinho delegava poder para que dois assessores, Marcos Nóbrega e José Tibúrcio de Sá Freire Lameirão, transferissem funcionários e nomeassem para as chefias dos postos pessoas ligadas ao esquema. (pág. 3)
"Na primeira votação, que depois foi anulada, votei favoravelmente ao projeto, de acordo com a orientação da nossa bancada. Quando houve a votação nominal, não estava no plenário. Portanto, não entendo por que meu nome apareceu", queixou-se o deputado. (pág. 13)
Essa possibilidade, no entanto, deixa alguns aliados do Palácio do Planalto de cabelo em pé. A preocupação maior é que o Governo fique desprotegido num ano eleitoral, em que deverá virar saco de pancada da maior parte dos candidatos à Presidência.
"Por mais competentes que sejam esses técnicos, eles não vão se expor para defender o Governo. Isso pode prejudicar os candidatos da base", alerta um influente tucano. (pág. 15)
Se não assumir o lugar de Andrea Matarazzo na Secretaria de Comunicação de Governo, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Abrão, é apontado como nome certo para substituir o atual titular da pasta, Raul Jungmann, que deverá concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados.
O principal problema de Fernando Henrique será preencher a Secretaria Geral da Presidência, peça-chave na articulação política do Governo. O titular da pasta, Artur Virgílio, assumiu o cargo há menos de duas semanas, mas avisou que pretende disputar o governo do Amazonas. (pág. 15)
EDITORIAL
"Jogo decisivo" - (...) Tornou-se um bordão a frase: "o futebol brasileiro só evolui dentro das quatro linhas". Com o tempo, o amadorismo e a falta de profissionalismo produziram a metástase da corrupção. Até chegarmos ao ponto em que o que estava fora das quatro linhas entrou em campo e aconteceu o impensável: contaminou a qualidade técnica do próprio esporte.
Em resumo, este é o pano de fundo da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Senado para vasculhar os subterrâneos do futebol. (...) (pág. 6)
COLUNAS
(Panorama Político - Tereza Cruvinel) - A candidatura da governadora Roseana Sarney exaspera os tucanos e atropela os concorrentes da retaguarda, mas começa a encantar os setores da elite sempre em busca de um anti-Lula eficaz. Encanto que chega a turvar inteligências, como a do diretor do banco BBA-Icatu Francisco Pinto que produziu gráficos atribuindo a queda do dólar à ascensão de Roseana nas pesquisas. (...) (pág. 2)
(Ancelmo Gois) - Roseana Sarney está lendo "globalização e globobagens", do badalado economista americano Paul Krugman.
O livro endossa teses de agrado à oposição. Critica o FMI e chega a defender políticos brasileiros que relutam em cortar gastos públicos mais profundos.
O dado consta de megapesquisa nacional que reuniu o instituto Sensus e o Iuperj - centro de pesquisa do Rio. (pág. 22)
12/02/2001
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