Metais pesados contaminam os principais rios do estado



Metais pesados contaminam os principais rios do estado

Estudo da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais, ligada ao Ministério de Minas e Energia, revela que os principais rios do estado estão contaminados por metais pesados. No primeiro mapeamento feito em 20 anos, foi analisada a água de cem rios do estado e em 72 foram constatados altos índices de chumbo, cádmio, alumínio, arsênio, cobre e zinco.

Entre os mais poluídos estão o Paraíba do Sul e o Guandu, que abastecem o Rio: uma amostra do Guandu apresentou 129 partículas de zinco por milhão, quando o limite, de acordo com padrões internacionais, é de 70. Especialistas advertem que esta água é usada na agricultura e pode contaminar frutas e hortaliças.

A Cedae garante que tira qualquer tipo de metal da água usada pelo carioca, mas reconhece que Niterói pode enfrentar falta d'água porque os rios Macacu e Guapiaçu, que abastecem a cidade, estão praticamente mortos. (pág. 1 e 17)


  • A indústria brasileira de cigarros está usando cores nos maços para driblar a proibição de usar a palavra light ou ultralight nos rótulos, denunciou o Ministério da Saúde. Segundo lei que entra em vigor em janeiro, as expressões fazem propaganda enganosa, ao induzir o consumidor a pensar que esses cigarros são menos nocivos à saúde. (pág. 1 e 12)


  • O chefe de gabinete do governo argentino, Chrystian Colombo, informou que a partir de amanhã todos os ativos e passivos do sistema financeiro serão convertidos para dólar. Durante 90 dias, os clientes não poderão retirar mais de mil dólares ao mês dos bancos, o que é um confisco de parte dos depósitos bancários. (pág. 1 e 35)


  • O Imposto de Renda pago pelos bancos vem diminuindo. Por causa de mecanismos legais, as seis maiores instituições do País devem recolher este ano à Receita 25% dos lucros, menos do que os 27% pagos em 2000 e muito abaixo dos 62% de 1994. Já a arrecadação com o IR de pessoas físicas cresceu 82% desde 96, quando a tabela foi congelada. (pág. 2 e 46)


  • Os organizadores do Fórum Social Mundial, que se realizará em janeiro em Porto Alegre simultaneamente ao Fórum Econômico Mundial, estão convencidos de que os ataques terroristas de 11 de setembro vão reforçar os debates em torno de direitos civis e xenofobia. Para 2002, o fórum prevê 50 mil participantes, o triplo deste ano. (pág. 2 e 47)


  • O depoimento de uma ex-fraudadora arrependida expõe, pela primeira vez, as entranhas da máfia que contamina os postos de benefícios da Previdência no Rio. Na presença de policiais federais, procuradores e advogados, a ex-funcionária, de 42 anos, deu detalhes surpreendentes sobre uma indústria de fraudes que produziu cerca de 15 mil aposentadorias irregulares em dez meses em pelo menos sete postos. O prejuízo pode passar de R$ 150 milhões.

    Em troca da possibilidade do perdão judicial, ela revelou o esquema que contava, por exemplo, com uma caixinha que rendia ao funcionário envolvido até R$ 1.500 pelo lançamento de cada benefício irregular no sistema.

    O esquema, coordenado por um grupo já identificado pelos agentes da Força-Tarefa de Combate aos Crimes contra a Previdência, funcionou entre agosto de 1997 e maio de 1998.

    Segundo a testemunha, os recursos gerados pela quadrilha beneficiariam até o então coordenador de benefícios da Previdência no Rio, José Marinho Paulo. Junto com dois assessores, contra a ex-funcionária, o coordenador cobrava comissão dos servidores envolvidos.

    O esquema chegou ao requinte, de acordo com o depoimento, de prever o pagamento de "luvas" de R$ 30 mil para que um funcionário ligado ao grupo pudesse obter uma vaga num dos postos considerados mais lucrativos. (...)


  • Dos depoimentos, constam relatos sobre as pressões sofridas pelos servidores para que participassem das irregularidades e das transferências dos que estavam fraudando sem contribuir para a caixinha controlada do gabinete do coordenador.

    Segundo a testemunha, Marinho delegava poder para que dois assessores, Marcos Nóbrega e José Tibúrcio de Sá Freire Lameirão, transferissem funcionários e nomeassem para as chefias dos postos pessoas ligadas ao esquema. (pág. 3)


  • A divulgação da lista da votação anulada do projeto que permite aos sindicatos fazer acordos que se sobreponham à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não foi suficiente para acabar com a polêmica em torno do assunto. Agora o deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS) afirma que seu nome apareceu indevidamente entre os que votaram contra o Governo na votação nominal feita após o painel eletrônico da Câmara ter entrado em pane, na noite de quarta-feira.

    "Na primeira votação, que depois foi anulada, votei favoravelmente ao projeto, de acordo com a orientação da nossa bancada. Quando houve a votação nominal, não estava no plenário. Portanto, não entendo por que meu nome apareceu", queixou-se o deputado. (pág. 13)


  • Única baixa oficial americana na guerra, o agente da CIA Johnny "Mike" Spann chamou a atenção para o papel da agência de inteligência no Afeganistão. Para reforçar o contingente das forças especiais dos EUA a CIA levou os chamados operadores paramilitares, cuja tarefa é fazer o que a agência considera o "trabalho sujo" em ações clandestinas. (pág. 2 e 48)


  • Responsável pela criação do primeiro clone humano, o geneticista José Cibelli, da empresa americana Advanced Cell Technology, afirmou, em entrevista ao "Globo", que a experiência não deve ter como objetivo a reprodução. Não se trata de uma questão moral. "A prática não é segura para o feto, nem para a mãe", disse o cientista. (pág. 2 e 50)


  • O carioca paga a tarifa de energia mais cara do País. Desde o início de novembro, quando foi autorizado o reajuste de 20,59% para a área da Light, o megawatt-hora no Rio custa R$ 250,75 sem impostos. Em São Paulo, por exemplo, o preço do megawatt-hora é de R$ 144,17. A energia mais barata do País é a de Roraima: R$ 113,64. (...) (pág. 1 e 41)


  • Técnicos da Unicamp continuaram ontem a copiar os arquivos que estão no disco rígido do computador que controla o painel eletrônico de votação da Câmara. O trabalho deve terminar hoje. Depois de fazer simulações das votações no plenário, os três peritos da Unicamp esperam poder apresentar um relatório das falhas que travaram o painel na hora de divulgar o resultado da votação do projeto que o altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), na quarta-feira. (pág. 13)


  • Com 13 ministros em contagem regressiva para deixar o cargo em abril, fim do prazo de desincompatibilização para quem for disputar as eleições de outubro, o presidente Fernando Henrique Cardoso faz planos de deixar a maior parte das vagas para os atuais secretários-executivos das pastas. Ele acredita que será difícil encontrar políticos disponíveis para compor essa nova equipe ministerial, já que a maioria estará mais preocupada em correr atrás de um mandato.

    Essa possibilidade, no entanto, deixa alguns aliados do Palácio do Planalto de cabelo em pé. A preocupação maior é que o Governo fique desprotegido num ano eleitoral, em que deverá virar saco de pancada da maior parte dos candidatos à Presidência.

    "Por mais competentes que sejam esses técnicos, eles não vão se expor para defender o Governo. Isso pode prejudicar os candidatos da base", alerta um influente tucano. (pág. 15)


  • Além do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Barjas Negri, quem mais tem chances de virar ministro a partir do próximo ano é o ocupante do mesmo cargo no Ministério da Previdência Social, José Cechin. O deputado Roberto Brant (PFL-MG), que deverá disputar um novo mandato em 2002, é o terceiro ministro com o qual Cechin trabalha.

    Se não assumir o lugar de Andrea Matarazzo na Secretaria de Comunicação de Governo, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Abrão, é apontado como nome certo para substituir o atual titular da pasta, Raul Jungmann, que deverá concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados.

    O principal problema de Fernando Henrique será preencher a Secretaria Geral da Presidência, peça-chave na articulação política do Governo. O titular da pasta, Artur Virgílio, assumiu o cargo há menos de duas semanas, mas avisou que pretende disputar o governo do Amazonas. (pág. 15)



    EDITORIAL

    "Jogo decisivo" - (...) Tornou-se um bordão a frase: "o futebol brasileiro só evolui dentro das quatro linhas". Com o tempo, o amadorismo e a falta de profissionalismo produziram a metástase da corrupção. Até chegarmos ao ponto em que o que estava fora das quatro linhas entrou em campo e aconteceu o impensável: contaminou a qualidade técnica do próprio esporte.

    Em resumo, este é o pano de fundo da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Senado para vasculhar os subterrâneos do futebol. (...) (pág. 6)



    COLUNAS

    (Panorama Político - Tereza Cruvinel) - A candidatura da governadora Roseana Sarney exaspera os tucanos e atropela os concorrentes da retaguarda, mas começa a encantar os setores da elite sempre em busca de um anti-Lula eficaz. Encanto que chega a turvar inteligências, como a do diretor do banco BBA-Icatu Francisco Pinto que produziu gráficos atribuindo a queda do dólar à ascensão de Roseana nas pesquisas. (...) (pág. 2)


    (Ancelmo Gois) - Roseana Sarney está lendo "globalização e globobagens", do badalado economista americano Paul Krugman.

    O livro endossa teses de agrado à oposição. Critica o FMI e chega a defender políticos brasileiros que relutam em cortar gastos públicos mais profundos.


  • Acredite. De cada 100 brasileiros, 66 preferem um governo que traga melhorias para a sociedade, mesmo que ele não seja eleito democraticamente.

    O dado consta de megapesquisa nacional que reuniu o instituto Sensus e o Iuperj - centro de pesquisa do Rio. (pág. 22)




    12/02/2001


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