Ministério amplia atendimento oncológico no Maranhão



O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta quinta-feira (21), em Imperatriz (MA), da entrega de unidade móvel equipada para realizar 7,6 mil exames preventivos/mês dos canceres de mama, colo do útero, de próstata e de pele, além de ser possível realizar cirurgias. Durante a cerimônia, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica com a Fundação Vale, com objetivo de garantir que os investimentos sociais da fundação (destinados à área da saúde) estejam alinhados com as políticas públicas prioritárias do Ministério da Saúde. Assim que os serviços sejam habilitados e os atendimentos forem iniciados, o Ministério da Saúde fará o repasse de recursos para o custeio dos exames e outros procedimentos que serão realizados na unidade móvel.

A unidade móvel – um ônibus modificado - custou R$ 2,3 milhões, foi financiada da Fundação Vale e construída pelo Hospital de Câncer de Barretos (Fundação PIO XII Barretos), que também capacitou os profissionais que irão trabalhar e manusear os equipamentos. O veículo de dois andares foi dividido em sala de espera com TV; outra de mamografia (com mamógrafo de última geração); uma de coleta de colpocitologia, para realização do Papanicolau; sala de exame de pele; e um centro cirúrgico. No caso do câncer de pele, será possível fazer o exame preventivo, o tratamento e até a cirurgia na própria unidade móvel. Hoje, 90% dos casos relacionados ao câncer de pele já são resolvidos nesse tipo serviço. A capacidade desta unidade é de realizar 330 exames/dia e mais de 7,6 mil por mês.

O ministro da Saúde afirmou que “este serviço vai reforçar o atendimento já oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município maranhense e ampliar a assistência à população do interior do estado que necessita ter acesso a exames, como os de prevenção e combate ao câncer”, disse. Ele afirmou ainda que esta “parceria beneficiará também a população masculina, que poderá contar com o serviço de prevenção e combate ao câncer de próstata”, acrescentou.

Apoio

Atualmente, o Maranhão conta com três serviços habilitados para atendimento especializado em oncologia, sendo um localizado em Imperatriz. São duas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Entre janeiro e setembro deste ano, já foram realizados 160.718 procedimentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia oncológica. Para garantir esses atendimentos, o Ministério da Saúde já repassou R$ 29,1 milhões. Em 2012, foram realizados 185.819 procedimentos, com investimento do SUS de cerca de R$ 30 milhões.

Em 2014, o estado será contemplado com a criação de dois serviços de radioterapia, através do Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia, do Ministério da Saúde.

Iniciativa

Esse tipo de parceria público-privado já vem sendo realizada em outras localidades. No Maranhão, a Fundação Vale reforça o trabalho de busca ativa de grávidas para que participem do programa Rede Cegonha, uma das ações prioritárias do Ministério da Saúde que garante às mulheres e às crianças uma assistência humanizada e de qualidade. O acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a fundação, durante a solenidade em Imperatriz, vale para todos os estados onde a fundação exerce atividades, como Minas Gerais, Espírito Santo, Pará, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Sergipe.

Ampliação do acesso

O Ministério da Saúde tem investido na melhoria do acesso da população em todo o País para prevenção, exames e tratamentos do câncer. De 2010 a 2012, o investimento do governo federal em oncologia aumentou 26% - de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,1 bilhões. Com estes recursos, foi possível ampliar em 17,3% no número de sessões de radioterapia, saltando de R$ 7,6 milhões para mais de R$ 9 milhões. Para a quimioterapia, houve aumento de 14,8%, passando de R$ 2,2 milhões para R$ 2,5 milhões.

Em decorrência da inclusão de novos tipos de cirurgia oncológica e da ampliação dos investimentos no setor, a expectativa para 2013 é que o número de operações supere a marca dos 120 mil, 25% a mais que as 96 mil realizadas no ano passado. A expansão está sendo custeada por uma elevação de 120% no orçamento destinado a estes procedimentos - de R$ 172,1 milhões em 2012 para R$ 380,3 milhões em 2013.

Por outro lado, houve expansão no rol de medicamentos de alto custo ofertados gratuitamente pelo SUS, com a inclusão do mesilato de imatinibe (para o tratamento da leucemiamielóide crônica e tumor do estroma gastrointestinal), o rituximabe (usado no tratamento de linfomas), o trastuzumabe (para tratar câncer de mama) e o l-asparaginase (para o tratamento de linfoma linfoblástico). A ampliação veio acompanhada de aperfeiçoamento na gestão dos insumos, que passaram a ser comprados de maneira centralizada pelo Ministério da Saúde, reduzindo custos com o ganho da escala de compras.

Fonte:

Ministério da Saúde



21/11/2013 19:28


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