Ministério da Saúde e sindicado de fumicultores divergem em debate sobre cultivo de tabaco



Os riscos do tabagismo à saúde levaram Tânia Cavalcanti, representante do Ministério da Saúde, a defender políticas de incentivo à substituição de cultivos de fumo, como forma de apoio aos pequenos agricultores. Já o presidente do Sinditabaco, do Rio Grande do Sul, Iro Schünke, apontou a rentabilidade do tabaco como justificativa para manter os plantios.

Secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, Tânia Cavalcanti informou que, em 2005, o Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 339 milhões com hospitalizações para tratamento de casos de câncer e doenças cardiorrespiratórias geradas ou agravadas pelo uso do fumo.

Ela também enfatizou que o consumo de álcool e de cigarro por adolescentes abre caminho para o uso de drogas ilícitas.

Já Iro Schünke lembrou que o Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor de tabaco do mundo, sendo que a atividade gera milhares de empregos diretos e indiretos, nas industrias e no meio rural. Ele destacou a rentabilidade da fumicultura, informando que o preço pago aos produtores de tabaco subiu 185% nos últimos dez anos, enquanto o preço do arroz subiu apenas 2,8%, de feijão foi elevado em 13%, soja em 85% e milho em 54%, no mesmo período.

Mais informações a seguir



16/06/2009

Agência Senado


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