Ministério da Saúde pede ousadia na redução de desigualdades sociais



A abertura da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde foi realizada na quarta-feira (19), no Rio de Janeiro. No encontro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o impacto das desigualdades sociais nas condições de saúde da população. Segundo ele, avanços na prevenção de doenças, redução de mortalidade e expansão do acesso a medicamentos também se devem ao desenvolvimento social do País. “Buscar saúde para todos e enfrentar as desigualdades são fundamentais para o desenvolvimento de um país. Renunciar a isto é renunciar ao próprio projeto de desenvolvimento econômico e social. Convido a todos a serem ousados nesse processo”, destacou Padilha.

Segundo ele, o Brasil não conseguiria reduzir em quase pela metade o índice de tuberculose sem uma política social capaz de retirar 35 milhões de brasileiros da situação de pobreza.

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, reconheceu os importantes avanços sociais e econômicos do Brasil, ressaltando o esforço do governo federal em estabelecer um sistema de saúde público e universal. Segundo ela, governos de todo o mundo devem estar cientes que a igualdade de oportunidades não se faz sem que todos tenham as mesmas condições de acesso.

Margareth Chan destacou programas lançados este ano pela presidenta Dilma Rousseff, como a melhoria do atendimento a mães e bebês por meio da Rede Cegonha e as ações de enfrentamento ao câncer de mama e de colo do útero, que são os que mais atingem as mulheres. Para ela, medidas como essas “são oportunidades para estender esses serviços a públicos mais vulneráveis”. O Saúde Não Tem Preço, que desde fevereiro permite a oferta gratuita de medicamentos para diabetes e hipertensão pelo Programa Aqui Tem Farmácia Popular, está baseado no mesmo princípio, que é dar igualdade de acesso a esses produtos.

Ao falar das conquistas e de que o Brasil ainda mantém o desafio de reduzir a desigualdade, o vice-presidente da República, Michel Temer, reforçou o compromisso do governo federal em aliar o desenvolvimento na saúde ao social, dando continuidade a programas para a redução da pobreza, como o Brasil Sem Miséria. A iniciativa, lançada este ano, tem por meta tirar cerca de 15 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza. Para o vice-presidente, “fizemos em nosso País um amálgama de um estado liberal, preservando os direitos sociais. A igualdade de todos pode trazer benefícios extraordinários à saúde”.

A Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais segue até sexta-feira (21) e reúne representantes de mais de 120 países e 16 ministros da Saúde. É a primeira reunião global sobre o tema e a maior organizada pela OMS nos últimos 30 anos em número de participantes.


Fonte:
Ministério da Saúde



20/10/2011 11:27


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