Ministério do Desenvolvimento Social explica mudanças no Bolsa Família



A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, explicou nesta quinta-feira (22), no programa de rádio Bom Dia, Ministro, as inovações do Plano Brasil Sem Miséria relacionadas ao programa Bolsa Família. As medidas reforçam o foco nas crianças, asseguram renda à população extremamente pobre e garantem retorno ao programa, caso necessário, de beneficiário que se desligue voluntariamente.

No programa, a ministra conversou com radialistas de várias partes do País. Ela afirmou que o Bolsa Família responde pela melhoria na qualidade de vida e busca de trabalho para milhões de pessoas. “Grande maioria dos adultos que recebem o benefício trabalha. Não estamos falando de famílias ociosas”, disse.

O trabalho é, muitas vezes, informal e insuficiente e o Bolsa Família viabiliza a melhoria de situação de emprego e é responsável pela saída de milhões de brasileiros da situação de pobreza e de extrema pobreza, lembrou a ministra. “Além disso, estamos oferecendo um conjunto de oportunidades que podem trazer melhoria no trabalho, como cursos de gestão em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para aqueles que têm pequenos negócios”, ponderou.

Sobre as novidades anunciadas pelo Plano Brasil Sem Miséria – retorno garantido, ampliação do número de benefícios para crianças e inserção de 800 mil famílias até o fim de 2013 – a ministra disse que a expectativa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) é fortalecer as famílias que mais precisam de apoio, que são aquelas que têm crianças entre seus membros. "Dessa forma, estamos atendendo a meta da presidenta Dilma Rousseff de melhorar a situação dessas crianças, não somente porque são a maioria em extrema pobreza, mas, porque, nessa fase de crescimento, se não tiverem acesso a uma vida saudável, serão prejudicadas pelo resto da vida. Elas têm que estudar e também se alimentar”, apontou. Em setembro de 2011, 1,2 milhão de crianças foram incluídas do programa e 180 mil famílias já começaram a receber o benefício.

A busca ativa, outro mecanismo do Plano Brasil Sem Miséria para retirar da pobreza 16,2 milhões de brasileiros, também será reforçada, em parceria com estados e municípios.

Outra novidade anunciada esta semana, o retorno garantido, foi explicada pela ministra Tereza Campello. “Além de buscar qualidade de vida, dará segurança à população atendida. Queremos que essas famílias possam ser capacitadas e qualificadas e isso só vai ocorrer se conseguirmos chegar até essas famílias”, afirmou.

Ao ser questionada sobre os índices de extrema pobreza nos estados, Tereza Campello, apontou que, dos 16 milhões de brasileiros extremamente pobres, a maior preocupação é com o Nordeste, onde estão cerca de 69% dessas famílias.

No Sudeste, aparece também um percentual muito importante no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Temos cerca de 700 mil famílias extremamente pobres no Rio de Janeiro e mais de 1 milhão em São Paulo. As pessoas acreditam que a população extremamente pobre é aquela que está na rua, morando debaixo de pontes das grandes cidades. Isso não é verdade, a pobreza está na periferia. Muitas vezes, essas famílias têm casa e até emprego formal, mas a quantidade de membros do núcleo familiar torna a renda per capita muito baixa e os coloca numa situação de extrema pobreza”, explicou a ministra.

A ministra foi também questionada sobre o valor do benefício. “Poucos recebem os R$ 306. A grande maioria ganha entre R$ 115 e R$ 120. Ampliar de R$ 120 para R$ 545, o valor do salário mínimo, é um salto muito grande e não queremos que o Bolsa Família substitua a renda da família. Não queremos que famílias - e elas também não querem - receber um salário mínimo e não trabalhar. As famílias que precisam já trabalham e não querem receber dinheiro de graça e nem favor do Estado”, disse Tereza Campello.


Ouça o programa de rádio Bom Dia, Ministro.


Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social



22/09/2011 12:45


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