Ministro da Saúde negocia com Sarney aprovação de projeto que cria a Hemobrás - empresa de hemoderivados



O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse nesta quarta-feira (25), depois de ser recebido pelo presidente do Senado, José Sarney, que o senador concordou em tentar acelerar a discussão e votação na Casa de duas matérias: o projeto criando a Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), que vem da Câmara dos Deputados, e a ratificação de convenção da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o controle da venda e propaganda de tabaco.
- O presidente Sarney se dispôs a conversar com as lideranças para buscar a saída mais rápida possível, embora hoje a pauta esteja travada, mas garantiu que colocará em discussão na primeira oportunidade – informou o ministro. Segundo o ministro, Sarney “está convencido de que o Brasil precisa honrar esse acordo internacional”. Humberto Costa espera que esta seja também a posição dos demais senadores, e não acredita em dificuldades na aprovação pelo Senado do projeto de criação da Hemobrás, que na Câmara já passou “por unanimidade, com rejeição de todos os destaques”, segundo contou. A proposta prevê que a Hemobrás, vinculada ao Ministério da Saúde e controlada pelo Conselho Nacional de Saúde, garantirá aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) o fornecimento de medicamentos produzidos a partir de plasma sanguíneo, gerando uma economia de R$ 230 milhões por ano. Costa disse que a localização da fábrica será “uma decisão técnica”, e ressaltou que não há hipótese da comercialização dos derivados do sangue ficar em mãos de particulares ou mesmo dos estados, por ser exclusividade da União. O ministro rebateu como “argumentos esvaziados de quem não tem o que discutir”, frutos de manobras da oposição em período eleitoral, as denúncias de privilégios a administrações petistas na liberação de verbas do orçamento veiculadas pela imprensa, e assegurou que “todos os critérios de liberação de recursos no Ministério da Saúde são critérios técnicos.” VACINAÇÃO O ministro fez um balanço positivo da campanha de vacinação infantil em andamento, com a expectativa de chegar a mais de 90% da meta, e esclareceu que a ocorrência de reação alérgica depois da aplicação da vacina tríplice ficou circunscrita a alguns estados, especialmente Pernambuco, onde foram utilizados lotes de vacina de origem italiana. - Isto não vai acontecer mais, porque esses lotes já foram substituídos por produto nacional que não gera esse problema. Além disso, a reação, na forma de urticária, é benigna e breve, e muito menos importante do que expor a criança a doenças como o sarampo, caxumba e rubéola. Recomendamos que ninguém deixe de vacinar seus filhos – disse.

25/08/2004

Agência Senado


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