Missão agropecuária brasileira vai à China negociar venda de carne suína e de tabaco



Ampliar a pauta exportação de produtos agropecuários brasileiros é o tema da missão do Ministério da Agricultura que estará na China, nestas quinta e sexta-feiras (7 e 8). O grupo vai ao país asiático para continuar as negociações em relação às vendas de carne suína do Brasil e do tabaco produzido em Alagoas e na Bahia.

A missão será chefiada pelo  diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos Oliveira. “A China representa um grande futuro para o comércio de produtos agropecuários brasileiros. A intenção do governo é ampliar a pauta de intercâmbio comercial de interesse do agronegócio nacional”, afirma ele.

A delegação vai discutir a abertura das exportações de carne suína do Brasil. Atualmente, o governo brasileiro negocia a aprovação de 26 estabelecimentos de abate, dos quais 13 já foram visitados e inspecionados pelos chineses no ano passado. Caso as negociações avancem, essa será a primeira vez que o Brasil exportará carne suína para a China, um dos maiores consumidores mundiais do produto.


Novas fontes de tabaco

Outra proposta da missão é ampliar a habilitação de outros estados, Bahia e Alagoas, para a exportação de tabaco. Hoje, o Brasil vende fumo proveniente apenas do Rio Grande do Sul.

Para avançar nessas negociações, o País receberá a visita de inspetores chineses na época da safra, que começa em abril. O objetivo é auditar o processo de cultivo, armazenamento e transporte das folhas de tabaco baianas e alagoanas. Os estados são livres da doença mofo azul, pré-requisito do governo chinês para começar os embarques do produto.

Durante a missão também será discutida a ampliação do mercado de aves. O Brasil vai apresentar 28 solicitações de aprovação de estabelecimentos. O ministério também pedirá autorização para a exportação de frutas cítricas e agendará a vinda de missões chinesas para a comercialização de milho e embriões bovinos.

“São negociações em curso e que sinalizam alguns avanços. Todavia, dependem de entendimentos técnicos fortalecidos por interesses comerciais bilaterais. A China libera cada commodity mediante protocolos sanitários específicos. Daí a necessidade de estabelecer uma pauta de protocolos e acordos prévios aos entendimentos comerciais”, explica Oliveira.

A consolidação das negociações se dará posteriormente com a visita da presidenta Dilma Rousseff à China entre os dias 12 e 15 de abril.


Fonte:
Ministério da Agricultura

 

04/04/2011 20:24


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