Missão ao Oriente Médio gera mais de US$ 80 milhões em negócios para o Brasil
Vinte e seis empresas brasileiras dos setores de casa e construção civil, alimentos e bebidas integraram Missão Comercial ao Oriente Médio, encerrada na quinta-feira (17) e saíram com expectativas de negócios totais de US$ 81,3 milhões para os próximos 12 meses, após 503 encontros com 232 potenciais compradores dos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Omã, Bahrein, Catar, Kuwait, Jordânia e Líbano.
A delegação foi chefiada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
De 12 a 16 de fevereiro, a missão passou por Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos e teve representantes de 47 companhias, entre empresas, grandes empreiteiras e investidores brasileiros em busca de negócios com parceiros locais. Integraram a comitiva o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que participou da solenidade de abertura na etapa de Dubai, e o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges.
Emirados Árabes Unidos
Como desdobramento das ações, Brasil e Emirados Árabes Unidos assinaram, na quarta-feira (15), quatro memorandos de entendimento para ampliar as relações comerciais entre os dois países. Os acordos foram assinados em Dubai por Mauricio Borges e por representantes de quatro instituições locais: Dubai Export, Dubai FDI, Jebel Ali Free Zone (JAFZA) e Dubai Media City.
Com a Dubai Export e a Dubai FDI, os acordos visam facilitar o estabelecimento de contatos locais para promover as exportações e a atração de investimentos por meio de ações conjuntas no Brasil e nos Emirados Árabes Unidos.
A parceria com a JAFZA tem por objetivo estabelecer um novo modelo de incubadora para empresas brasileiras na zona franca de Jebel Ali, fortalecendo a relação entre as partes. O acordo visa oferecer um melhor atendimento às empresas brasileiras que queiram se estabelecer e realizar negócios em Dubai e na região.
Já o acordo com a Dubai Media City permitirá a abertura de uma incubadora de empresas de serviços em Dubai a custos menores do que os normalmente praticados na cidade. O modelo adotado é semelhante ao do JAFZA, porém, nesta zona franca, não é permitida a instalação de empresas de serviços.
Na quinta-feira (16), a missão teve na agenda 200 rodadas de negócios entre os empresários brasileiros e 27 potenciais compradores de Omã, Catar, Bahrein, Líbano e Kuwait. Paralelamente, investidores e representantes de grandes construtoras brasileiras participaram de encontros de negócios em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).
O seminário Invest in Brazil, apresentado em Riad (Arábia Saudita) na segunda-feira (13) e em Dubai na quarta-feira (15), forneceu detalhes de projetos para os setores de infraestrutura (portos, ferrovias e setor de energia) e construção civil (hotéis e logística) para um público de 90 potenciais coinvestidores e parceiros locais.
Fernando Pimentel destacou a importância do Oriente Médio como destino das exportações brasileiras de produtos e serviços e fonte de investimentos para empresários brasileiros. “Com uma economia dinâmica e forte foco nas relações comerciais com os países vizinhos, os Emirados Árabes Unidos são uma excelente plataforma para reforçar as atividades comerciais entre o Brasil e os países da região”, disse Pimentel.
“O momento favorável que vive a economia brasileira traz grandes oportunidades de investimentos para empresários do Oriente Médio, permitindo a diversificação de seus portfólios de negócios no exterior”, complementou Borges.
Relações comerciais
Em 2011, o Brasil exportou US$ 3,476 bilhões para a Arábia Saudita. Os principais produtos comercializados foram carnes de galos/galinhas, não cortadas em pedaços, congeladas (US$ 824,034 milhões), minérios de ferro, aglomerados e seus concentrados (US$ 791,193 milhões) e açúcar de cana em estado bruto (US$ 458,220 milhões). Já as importações totalizaram US$ 3,093 bilhões, com destaque para os óleos brutos de petróleo (US$ 2,690 bilhões), naftas para petroquímica (US$ 111,061 milhões) e outros propanos liquefeitos (US$ 80,877 milhões).
As exportações brasileiras para os Emirados Árabes Unidos em 2011 totalizaram US$ 2,169 bilhões. Os principais produtos vendidos foram outros açúcares de cana, beterraba, sacarose (US$ 483,494 milhões), açúcar de cana em estado bruto (US$ 353,667 milhões) e minérios de ferro aglomerados e seus concentrados (US$ 300,475 milhões). No mesmo período, as importações brasileiras dos Emirados Árabes Unidos ficaram em US$ 478,672 milhões, com destaque para querosenes de aviação (US$ 265,784 milhões), enxofre a granel, exceto sublimado, precipitado ou coloidal (US$ 59,709 milhões) e outros propanos liquefeitos (US$ 54,343 milhões).
Fonte:
Apex-Brasil
17/02/2012 20:24
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