Mix de Fornecimento de Energia
O Brasil dispõe do maior mix de energia renovável no mundo industrializado, com mais de 45.5% de seu abastecimento originando-se de fontes como mananciais d’água, biomassa e etanol, além de energia solar e eólica. Usinas hidrelétricas são responsáveis por mais de 75% da energia elétrica gerada no país. Vale a pena ressaltar que o mix de abastecimento global de energia consiste de 13% de fontes renováveis no caso de países industrializados, e cai para 6% no caso de nações em desenvolvimento.
Espera-se que a capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional de energia deverá evoluir de aproximadamente 110 mil MW em dezembro de 2010 para 171 mil MW em dezembro de 2020, com a priorização de fontes renováveis como a hidráulica, a eólica e a biomassa. As medidas incluídas no Plano Decenal de Expansão de Energia brasileiro (PDE) pretendem reduzir a emissão de CO2 em 234 milhões de toneladas até 2020.
Apesar de se esperar uma redução de 76% para 67% na participação da energia hidrelétrica em sua matriz energética, a geração oriunda de fontes alternativas, como a de usinas eólicas, de térmicas à biomassa e pequenas usinas hidrelétricas irá dobrar de 8% para 16% durante o decênio. A geração eólica será destaque, e sua participação na matriz energética brasileira deverá aumentar de 1% para 7% no mesmo período de tempo.
Como resultado, a participação de fontes renováveis permanecerá em torno de 46,3% do total do mix energético até 2020, com uma demanda de investimento de aproximadamente US$ 120,8 bilhões. Grande parte destes investimentos refere-se a empreendimentos já autorizados, incluindo as usinas com contratos assinados nos leilões de energia nova. O montante a ser investido em novas usinas – ainda não contratadas ou autorizadas – é da ordem de US$ 63,6 bilhões, sendo 55% destes investimentos em usinas hidrelétricas e 45% no conjunto de outras fontes renováveis.
O grande aumento na demanda brasileira de etanol deve continuar na próxima década, tanto devido ao aumento na frota de veículos flex como também devido à competitividade nos preços do etanol hidratado em relação à gasolina.
Em decorrência disto, a demanda de etanol deve quase que triplicar nos próximos dez anos, subindo de 27 bilhões de litros em 2010 para 73 bilhões de litros em 2020, incluindo 6,8 bilhões de litros para exportação. O investimento em biocombustíveis brasileiros deve totalizar cerca de US$ 61,6 bilhões até 2020, o que será quase que inteiramente concentrado no setor de etanol.
Fonte
Mudanças Climáticas no Brasil: fatos e números (conteúdo em inglês)
05/12/2011 10:52
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