Modernização é desafio para agricultura brasileira, diz ministro



Em reunião com representantes do Conselho Superior do Agronegócio, órgão consultivo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na segunda-feira (7), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, defendeu a união do governo federal e do setor privado para rebater a campanha caluniosa contra os produtos agropecuários brasileiros na União Europeia.

Ele disse que uma das tarefas atribuídas pela presidenta Dilma Rousseff ao ministério é a modernização administrativa e de procedimentos. “Precisamos dar este salto para garantir a competitividade da nossa produção agropecuária, que já é das mais eficientes do mundo”, disse. Wagner Rossi declarou que a superação dos gargalos administrativos e burocráticos é um dos desafios, mas há outros que podem ameaçar a potência da agricultura brasileira.

“A carne brasileira enfrenta resistência de segmentos da opinião pública europeia. Alguns consumidores são induzidos ao erro por uma campanha difamatória deflagrada por concorrentes do Brasil. Questões sanitárias, ambientais ou denúncias de abuso de mão de obra são exploradas de maneira equivocada. Chegou a hora de agirmos”, disse. Ele lembrou que no final de dezembro uma organização não-governamental inglesa divulgou um folder atacando a carne e o etanol brasileiros.

Rossi apontou as iniciativas do governo federal e do setor privado em defesa do meio ambiente. Ele citou como exemplo o financiamento de boas práticas agronômicas, promovido pelos programas Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) e Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora).

Segundo Rossi, essa é a resposta e o compromisso do governo brasileiro com a sustentabilidade ambiental na produção de alimentos. “O Brasil não apenas está fazendo o dever de casa, como mostrando ao mundo um caminho que alia responsabilidade social e defesa do meio ambiente”, disse.

O ministro rebateu ainda as acusações de que a alta dos preços dos alimentos no mercado mundial seja de responsabilidade da agricultura brasileira. Segundo ele, são os países desenvolvidos os grandes responsáveis, em razão da concessão de subsídios aos seus produtores. “O Brasil não tem culpa nenhuma do aumento dos preços. Não foi o Brasil que estimulou a especulação financeira nos mercados de commodities agrícolas. Somos eficientes, produzimos com baixo custo e colocamos produtos no mercado a um preço justo”, disse Rossi.

 

Fonte:
Ministério da Agricultura



24/02/2011 19:33


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