Moka pede investigação do MP sobre ameaças de morte a comerciante de suplementos alimentares



Diante das ameaças de morte dirigidas ao comerciante de suplementos alimentares Félix Bonfim e a seus familiares, o presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Waldemir Moka (PMDB-MS), prometeu encaminhar a denúncia para investigação pelo Ministério Público Federal. O assédio sofrido pelo empresário foi revelado em audiência pública da comissão, nesta terça-feira (12), e começou depois que ele mandou testar amostras de produtos vendidos em sua loja no laboratório privado MKassab, onde se comprovou a discrepância entre a quantidade de proteína e carboidrato presente nas fórmulas e a indicação contida na embalagem de muitas marcas nacionais.

Apesar de os resultados deste levantamento já terem sido divulgados pelo jornal O Globo, Moka e os senadores Cícero Lucena (PSDB-PB) e Osvaldo Sobrinho (PTB-MT), consideraram mais prudente Félix não revelar o nome das empresas denunciadas por adulteração. Os parlamentares julgam necessário repetir a avaliação feita pelo MKassab em um laboratório oficial.

Quanto a providências adotadas pela indústria para corrigir estes equívocos, divulgadas pelo presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Alimentares e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri), Synésio Batista da Costa, Moka acredita que não invalidam o comércio ilegal denunciado. E deu um prazo até o final de novembro para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prestar contas de medidas aplicadas para impedir a ocorrência de novas fraudes.

A autoregulamentação realizada pela Brasnutri também não foi considerada suficiente por Cícero, autor do requerimento de debate. Na sua avaliação, cabe à Anvisa não só regulamentar o setor, como combater a falsificação de suplementos alimentares e a entrada de produtos com comercialização não autorizada no país.

- Não podemos deixar o mercado regular a nossa saúde. É necessário que a Anvisa e outros órgãos tomem providências para que se tenha segurança no que está sendo vendido - reforçou Osvaldo Sobrinho.

 

 



12/11/2013

Agência Senado


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