Moreira Mendes apóia ação popular pela suspensão do pagamento da dívida de Rondônia



O senador Moreira Mendes (PFL-RO) manifestou seu apoio à ação popular proposta pelo deputado federal Expedito Júnior (PFL-RO), no sentido de que seja suspenso o pagamento das parcelas mensais da dívida do estado de Rondônia com o Banco Central. A ação pede ainda o reconhecimento da responsabilidade do interventor e do próprio Banco Central pelos danos causados com a implantação do Regime de Administração Especial Temporária no Banco do Estado de Rondônia (Beron).

Por meio da ação popular, proposta na seção de Brasília da Justiça Federal, Expedito Júnior também pede o ressarcimento, ao governo de Rondônia, do total das parcelas já desembolsadas em favor do Banco Central, com ampla correção, como forma de reparação civil pela má gestão do Beron. Moreira lembrou que a intervenção no Banco de Rondônia ocorreu a pedido do ex-governador Valdir Raupp.

- Trata-se do mesmo Valdir Raupp de Matos que, entre outras coisas, saqueou a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia S.A.) e sacou R$ 1,9 milhão do FGTS de 4.562 servidores do estado, desviando parte desses recursos para duas contas abertas pelo seu cunhado e chefe da Casa Civil, José de Almeida, de onde, posteriormente, esses recursos desapareceram - afirmou Moreira Mendes.

Além de irregularidades na Ceron, Moreira Mendes acrescentou que Valdir Raupp também é responsável por desvio de recursos de convênios com os Ministérios da Saúde, dos Transportes e da Educação, do DNER, da Suframa e do Planaforo.

- E é este mesmo Valdir Raupp que, depois de todo o mal que fez ao povo de Rondônia, continua a circular por todo o estado, mentindo e enganando a população, como sempre fez - disse o senador.

Sobre o caso Beron, Moreira Mendes afirmou que os gestores do Banco Central, "em conluio com o ex-governador Valdir Raupp", levaram o Banco do Estado de Rondônia à falência e deixaram o estado com uma dívida ilegítima e impagável. Ele acrescentou que, no período de 31 de dezembro de 1994 a 30 de junho de 1998 (sob intervenção do BC), o patrimônio líquido do banco passou de positivo (R$ 2,1 bilhões) para negativo (R$ 489 milhões).

17/04/2001

Agência Senado


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