MOREIRA MENDES REIVINDICA MAIS CRÉDITO POPULAR
- Capitalismo sem riscos, com banqueiros que guardam seus recursos para a especulação, sem voltá-los para a atividade produtiva não é capitalismo, é cassino - afirmou.
O Brasil, opinou o senador, é o paraíso dos especuladores que, com dinheiro parado e improdutivo, girando na ciranda dos juros estratosféricos, obtêm lucros fabulosos sem incorrer em riscos, em aumentar a produção e sem criar empregos. "Onde fica o prêmio à audácia, à iniciativa bem sucedida que constitui o fundamento moral do capitalismo?", questiona.
Moreira Mendes defende o apoio às cooperativas de crédito popular, que representaram instrumento relevante no desenvolvimento da Alemanha, Itália e Canadá. No Brasil, a primeira cooperativa desse tipo foi fundada em 1902 e, 50 anos depois, já somavam 1500. "Mas, a partir do golpe militar de 1964 e a criação do Banco Central, o sistema cooperativo de crédito passou a sofrer dura perseguição e, hoje, são apenas 13", lamenta. Na avaliação do senador, governo e sociedade devem apoiar as iniciativas que facilitem a criação de pequenos empreendimentos que geram emprego e renda.
- Para prosperar, eles precisam de crédito popular, a juros baixos. O Banco Central, no entanto, em sua resolução 2771, proibiu a criação de novas cooperativas de crédito e autorizou estabelecimentos comerciais a executarem operações financeiras, o que é um contra-senso - argumenta.
15/09/2000
Agência Senado
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