Mozarildo Cavalcanti reitera posição contrária à CPMF



Em discurso na sexta-feira (30), em Plenário, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) reiterou sua posição contrária à proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Disse que o Senado é o local apropriado para a discussão de temas como esse, que dizem respeito a todos os cidadãos, porque todas as unidades da Federação estão representadas igualmente na Casa - por três senadores.

- Aqui a Federação funciona, aqui todos os estados são iguais; lá na Câmara, só São Paulo tem 70 deputados, mais do que toda a Região Norte - lembrou Mozarildo.

O senador, que espera ver a PEC rejeitada na votação em 1º turno, disse que votar contra a prorrogação da CPMF é defender o interesse do povo e do empregador, que vai poder oferecer mais empregos. Segundo o senador, é hora de começar uma reforma tributária e a primeira medida será acabar com a CPMF.

- Não vamos deixar essa penalidade sobre o trabalhador, vamos isentar. Quem compra o pão paga dois por cento de imposto; quem compraa geladeira tem quarenta e sete por cento do imposto - disse Mozarildo Cavalcanti.

O senador informou que de cem e-mails que recebe, 96 trazem manifestações contrárias à prorrogação da CPMF e à carga tributária em geral que atinge o bolso do cidadão. Citou o exemplo de uma mensagem em que o remetente lembra que o Brasil é o único país onde o trabalhador paga para retirar seu dinheiro do banco. Isso porque, quando o salário é depositado, já são descontados o Imposto de Renda e a contribuição para a Previdência e, quando o dinheiro é retirado, o trabalhador paga novo imposto (a CPMF).

Para Mozarildo, a dedução do imposto de renda dos salários é uma forma injusta de emprestar dinheiro ao governo.



30/11/2007

Agência Senado


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