Mozarildo comenta denúncia sobre guerrilheiros das Farc na Amazônia
Ao comentar audiência pública sobre o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), realizada nesta quinta-feira (6) hoje, a seu pedido, pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) reivindicou mais recursos para o projeto, que controla e protege o espaço aéreo da região amazônica. Ele citou matérias jornalísticas denunciando a possível invasão do território brasileiro por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
- A Amazônia está mais vulnerável - afirmou o senador.
Mozarildo avalizou denúncias de índios sobre a presença de um grupo guerrilheiro, com uniforme semelhante aos da Farc, que estaria operando uma pista de pouso clandestina na localidade de Tunuí-Cachoeira, perto da divisa com a Colômbia e a 250 quilômetros do município de São Gabriel da Cachoeira (AM). Além de servir às atividades da guerrilha, a rota seria usada no tráfico de drogas e contrabando de armas.
Frente à gravidade da denúncia, Mozarildo cobrou -ações concretas- dos Poderes Executivo e Legislativo para combater o problema. O senador por Roraima também defendeu a regulamentação da Lei nº 9.614/98, que prevê o abate de aeronaves clandestinas no espaço aéreo brasileiro.
- A regulamentação ainda não foi feita por pressão dos Estados Unidos - disse.
O governo brasileiro, frisou o senador, precisa agir de forma a preservar sua soberania sobre a Amazônia. Para alcançar esse objetivo, seria necessário não só reforçar os investimentos nos projetos Sivam e Calha Norte, mas proceder à ocupação e proteção das fronteiras brasileiras, procedendo-se, por exemplo, à redivisão territorial do oeste da região.
06/11/2003
Agência Senado
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