Mozarildo conclama população a trabalhar por eleições limpas
Ao discursar durante a sessão plenária desta sexta-feira (21), o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) elogiou a aprovação, pelo Senado, do projeto que veda a candidatura dos chamados "fichas sujas", mas afirmou ser ainda mais importante que a população trabalhe por eleições limpas, se informando sobre os candidatos, fiscalizando as campanhas e denunciando atos ilícitos que tomarem conhecimento.
- Hoje em dia é fácil fiscalizar atos ilícitos, porque todos possuem celulares que fotografam e filmam. É muito comum ver governadores se servindo de funcionários do Estado para fazer suas campanhas. É preciso explicitar que eles [os servidores públicos] não precisam se submeter a isso porque não são funcionários do governador, mas do Estado e, portanto, não podem ser usados legitimamente nessa função de cabos eleitorais - afirmou.
Mozarildo disse concordar com declarações do pré-candidato à Presidência José Serra de que o Brasil não está preparado para reeleição, porque aqueles que estão no poder usam a máquina pública em proveito próprio, tornando desleal a concorrência com os outros candidatos. E o continuísmo não convive bem com a democracia, afirmou.
Ele conclamou a Maçonaria, as igrejas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) a levarem adiante uma ampla campanha para esclarecer a população sobre a importância do voto e seu caráter secreto, bem como a responsabilidade de cada um ao escolher seus candidatos. Somente através da conscientização da população teremos eleições mais limpas, destacou.
Para Mozarildo, pesquisa Data Folha mostrando que 72% da população acreditam ser "impossível fazer política sem algum grau de corrupção" é um exemplo de mentalidade que precisa ser mudada no Brasil.
-É possível, sim, fazer política limpa e isso começa com eleições limpas e leais. Não podemos admitir a utilização indevida de funcionários públicos nas campanhas - concluiu Mozarildo Cavalcanti.
Em aparte, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) também se queixou do uso da máquina em campanha eleitoral, denunciando que, no Piauí, o governador está distribuindo ordens de serviço para obras eleitoreiras, que representam cheques sem fundos. Para ele, é preciso que haja uma fiscalização mais firme da Justiça Eleitoral para esses desmandos.
21/05/2010
Agência Senado
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