Mozarildo convoca sociedade a se unir na batalha contra a corrupção



O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), em discurso nesta quinta-feira (5), defendeu o envolvimento da sociedade, da família, de instituições como a Igreja, Rotary e Lions Clubes, de associações de bairros, de todas as esferas do poder público e da imprensa na batalha contra a corrupção. Para ele, o problema, no Brasil, tomou tais dimensões que não pode mais ser solucionado pela ação de um só segmento.

- Essa não é uma tarefa só para juízes, para o Ministério Público, para o Parlamento, com a criação de leis que inibam essa prática: é uma tarefa que tem que ser nacional, de todos - afirmou.

O parlamentar assinalou que a luta deve começar com a conscientização do eleitor, que deve pesquisar o histórico dos candidatos e não eleger "político corrupto". Ele acrescentou que não haveria corrupção por parte de parlamentares se não existissem também "donos de cofres coniventes", que praticam a liberação equivocada de recursos públicos e não fiscalizam o seu uso correto.

Mozarildo defendeu ainda a reforma do Código de Processo Penal, para evitar o excesso de recursos na Justiça e para garantir qualidade à defesa dos carentes, que dependem da defensoria pública.

O senador também insistiu na importância da educação e da conscientização das crianças, para que cresçam com valores éticos.

Propostas

Mozarildo lamentou que propostas apresentadas por ele que seriam úteis no combate à corrupção estejam paralisadas no Congresso, como por exemplo o Projeto de Lei do Senado (PLS) 419/99 - Complementar, que estabelece procedimentos para o controle das transferências internacionais de recursos pelas contas CC-5, investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Banestado.

A situação das entidades como as organizações não-governamentais (ONGs), que recebem recursos públicos e não precisam prestar contas e também são focos de corrupção, também poderia ser diferente se o projeto oriundo da CPI das ONGs para registro, fiscalização e controle das organizações não-governamentais (PLS 246/02) fosse aprovado, disse.

Mozarildo citou ainda outros projetos de sua autoria que aguardam análise pelo Congresso: o que torna obrigatória a disponibilização das informações sobre bens patrimoniais e o sigilo bancário de todos os servidores públicos, sejam concursados, comissionados ou eleitos (PLS 232/05); o que determina que tribunais de contas, comissões mistas permanentes ou o equivalente das casas legislativas enviem os pareceres de contas ao Ministério Público, para checar se há alguma irregularidade (PLS 414/07 - Complementar); e o projeto que aumenta a pena em 50% para crimes de corrupção ativa e passiva com recursos das áreas de Saúde e Educação (PLS 35/05), entre outros.



05/03/2009

Agência Senado


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