Mozarildo critica Ongs e exageros da política ambiental
O senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) voltou a criticar, nesta terça-feira (24), os "exageros que tem norteado a política ambiental do país" que, segundo ele, se caracteriza por uma hiper-valorização da fauna e da flora, em detrimento dos seres humanos e da própria história do Brasil. Como exemplo "dessa mania ecológica", Mozarildo citou a ausência de vultos históricos nas cédulas do real, que trazem animais da fauna brasileira.
De acordo com o senador, essa distorção se funda na postura do governo norte-americano, que coloca suas instituições, "principalmente as que não levam o carimbo do país, para fazer a política do faça o que eu digo e não faça o que eu faço". Com esse tipo de apoio, entende o senador, as organizações não governamentais tomam conta do tema ao ponto de proibirem a construção de rodovias, a liberação de hidrovias e a abertura de mercados de trabalho no Brasil.
A pauta das atividades ecológicas no país, entende Mozarildo, "é preocupante" pela falta de equilíbrio e de racionalidade. Ele admitiu que muita gente cuida do assunto de maneira apaixonada e sensata, mas observou que outros o fazem de maneira radical, realizando um trabalho que só beneficia os colonizadores modernos.
- Eles não usam as caravelas para pilhar o nosso pau-brasil, nosso ouro e nossa prata. O que eles querem agora é o material da nossa biodiversidade e nossa água - alertou o senador, afirmando que estas intenções são encobertas pela "mania ambientalista".
Mozarildo disse que da forma como a mídia trata o assunto pouca gente tem coragem de abordá-lo de outra forma. Nesse sentido, o senador elogiou recente pronunciamento do presidente Fernando Henrique Cardoso que, durante a abertura da Conferência Rio +10, destacou que a verdadeira ecologia deve compatibilizar os interesses humanos com a preservação do meio ambiente.
- Essa é que deve ser a postura certa - ressaltou o senador.
25/06/2002
Agência Senado
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