Mozarildo defende desenvolvimento da Amazônia



Ao comentar as metas apresentadas no programa de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para a Amazônia, o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) criticou o que chamou de preconceitos contra projetos de mineração e construção de hidrelétricas como a de Belo Monte e do gasoduto para transportar o gás da região de Urucu.

- Com tais preconceitos não se criarão empregos - os milhões de que necessitamos - parte dos quais espero que sejam criados na Amazônia - afirmou.

Mozarildo disse que o ambientalismo deve ser -uma forma de solidariedade com as gerações futuras, para as quais não se quer passar uma herança de devastação-, mas observou que no Brasil - e sobretudo na Amazônia - -modalidades fanáticas de ambientalismo vem se traduzindo em defesa do arcaico e primitivo, em contraposição ao direito de desenvolvimento, como se algumas regiões tivessem direito a ele e outras não-.

O senador disse ter detectado no documento -o dedo das ONGs (Organizações Não-Governamentais)-, no tipo de proteção proposta para segmentos sociais específicos, como os ribeirinhos de economia de subsistência, os extrativistas e os indígenas. Para o senador, esta proteção -assume ares de congelamento de modos de vida e de negação de acesso à modernidade-.

- Na ideologia pós-industrial das ONGs, freqüentemente o mal está associado ao desenvolvimento, à tecnologia e a qualquer modificação da natureza, e o bem está sempre associado ao que é primitivo e arcaico e à natureza intocada - disse o senador.

Mozarildo defendeu o desenvolvimento da Amazônia e a presença mais intensa do Estado na região como forma de assegurar os interesses nacionais de soberania e de progresso social e econômico. Na Amazônia, disse o senador, -é preciso somar o social, o estratégico, o econômico e o cuidado ambiental-, acrescentando que -uma dose de desconfiança em relação aos que querem travar seu desenvolvimento também é bem vinda-.

- Precisamos despertar a consciência de todos os brasileiros para a importância de ocupar de maneira variada e efetiva o espaço amazônico - afirmou.



26/11/2002

Agência Senado


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