Mozarildo Cavalcanti defende 'ocupação e desenvolvimento' da Amazônia
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) afirmou, nesta terça-feira (30), em Plenário, que o Brasil deve "ocupar e desenvolver a Amazônia". Ele criticou o que chamou de “conservacionismo extremado” de ONGs internacionais para as quais ocupar e desenvolver a Amazônia significaria devastar a região.
- É nos chamar no mínino de incompetentes ou paranóicos. Estaríamos lá vivendo e nós mesmos acabando com o nosso meio ambiente. Então é preciso que tenhamos coerência no cuidado com a Amazônia – afirmou.
O senador elogiou a realização, pela manhã, do seminário “Soluções para a Amazônia Brasileira”, realizado no Rio de Janeiro e elogiou o Projeto de Lei do Senado (PLS) 380/2012, que institui a Política Nacional de Defesa e de Desenvolvimento da Amazônia e da Faixa de Fronteira. De iniciativa da Subcomissão Permanente da Amazônia e da Faixa de Fronteira, ligada à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), a proposta foi aprovada na comissão e aguarda encaminhamento para tramitação.
- Nesse projeto, a gente procura criar uma política permanente que leve em conta principalmente o desenvolvimento e a defesa da Amazônia. Da Amazônia e da faixa de fronteira porque somos um dos poucos países que têm definição de faixa de fronteira – assinalou.
Mozarildo sublinhou que a Amazônia ocupa 60% do território nacional, com quase a metade das florestas tropicais do mundo e tem mais de 25 milhões de habitantes. Ele lamentou a falta de assistência do governo aos habitantes da região e por algumas pessoas enxergarem a Amazônia "somente como fauna e flora", esquecendo-se da sociedade que vive nela.
- De que adianta àqueles 25 milhões de habitantes que estão lá terem algum tipo de segurança, que é precária, algum tipo de proteção do meio ambiente, se eles próprios, os cidadãos e cidadãs que lá vivem, não têm sequer, a assistência devida? – indagou.
30/10/2012
Agência Senado
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