Mozarildo defende medidas contra mortalidade materna
Com base em estatística da Organização Mundial da Saúde (OMS), o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR) ressaltou a urgência de combater a mortalidade materna no Brasil. Em 2001, foram registradas 74 mortes maternas para cada 100 mil bebês nascidos vivos nas capitais do país, enquanto nos países desenvolvidos a mortalidade materna varia entre seis e 20. Estima-se ainda, segundo o senador, que 98% dessas mortes poderiam ser evitadas por meio de atendimento médico.
Para reverter esse quadro, o senador recomendou a realização de campanhas para conscientizar as gestantes sobre a importância de atendimento médico antes e depois do parto. Ele sugeriu também que os municípios mais pobres sejam equipados com unidades de atendimento à gestante e apontou para a necessidade de fazer levantamento estatístico sobre a situação das gestantes brasileiras.
Ao avaliar o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, do Ministério da Saúde, que tem por objetivo aprimorar o acesso e a qualidade do pré-natal, do parto e do pós-parto, Mozarildo disse que os resultados não foram animadores, pois poucas mães terminam todas as fases do atendimento. Há ainda o desafio de atrair os municípios que ainda não aderiram ao programa, de acordo com ele.
Outras providências tomadas pelo governo foram elogiadas pelo senador, como a portaria do Ministério da Saúde que cria a Comissão Nacional de Mortes Maternas para subsidiar uma política nacional de redução dessa mortalidade. Mas Mozarildo questionou a eficácia dessas medidas.
- Creio que são atitudes tímidas, dada a magnitude do problema que pretendem enfrentar. A mortalidade materna é um flagelo inaceitável para um país que almeja o desenvolvimento - disse.
16/09/2003
Agência Senado
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