Mozarildo pede atenção para problema da mortalidade materna
Os índices brasileiros da chamada mortalidade materna, relacionada a complicações na gestação, parto, pós-parto e ao aborto são comparáveis aos registrados nas nações mais pobres da América Latina. Preocupado com esse quadro, o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) defendeu nesta terça-feira (26) políticas públicas de combate ao problema.
- Muitas mortes seriam evitadas com medidas muito simples, como o acompanhamento pré-natal da gestante, maior qualidade no atendimento prestado pela rede pública ou conveniada de saúde, e a existência de estoques de sangue nos hospitais - afirmou o senador.
As estatísticas da mortalidade materna, segundo o senador, são de má qualidade, mas indicam uma realidade alarmante de 110 mortes para cada 100 mil crianças nascidas vivas - os dados não incluem os óbitos em abortos. Problemas relacionados à baixa qualidade da assistência médica ou à falta de pré-natal são responsáveis por 89% dos óbitos: pela ordem, as síndromes hipertensivas, as hemorragias, as complicações do aborto e as infecções puerperais (do pós-parto).
Mozarildo citou estimativas de que são realizados um milhão de abortos anualmente no Brasil. A falta de assistência às mulheres que recorrem a este expediente, avaliou o senador, é um problema grave que merece um debate nacional aprofundado.
- Enquanto mulheres de classes alta e média praticam o aborto em clínicas de luxo, com toda segurança, as mulheres pobres fazem-no sem qualquer assistência e sem condições mínimas de higiene. É hora de deixar a hipocrisia de lado e discutir abertamente essa questão - alertou.
26/03/2002
Agência Senado
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