Mozarildo lê Carta de Roraima com reivindicações para o desenvolvimento do estado



O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), em discurso no Plenário nesta terça-feira (21), leu a Carta de Roraima, elaborada no 1º Encontro dos Legislativos Roraimenses, em que parlamentares e integrantes do Executivo local listam uma série de pontos a serem resolvidos para o desenvolvimento do estado.

Mozarildo, citando a carta, lamentou, entre outros tópicos, o engessamento do crescimento do estado por estar localizado entre três áreas de livre comércio. A carta lida pelo senador pede providências ao governo federal em tópicos como a definição fundiária, já que há terras do antigo território de Roraima que não foram transferidas ao estado criado em 1988. Também há problemas na regulamentação de terras indígenas. Ao exigir providências urgentes e lamentar a demora nas ações, o senador alertou:

- Enquanto o presidente Lula se abstém de resolver os problemas de Roraima, me abstenho de votar matérias de interesse do governo. E se continuar, passo a votar contra - revelou.

Outras reivindicações feitas pela Carta de Roraima são: definição fundiária, das áreas indígenas e da questão agrária; implantação urgente das áreas de livre comércio de Pacaraíma e Bonfim; implantação das Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs) de Boa Vista, Caracaraí e Rorainópolis; conclusão de todas as obras de infra-estrutura em andamento no estado; desburocratização e modernização das relações comerciais, sociais e culturais entre Brasil, através de Roraima, Venezuela e Guiana.

A Carta, assinada pelos senadores Augusto Botelho (PT-RR) e Romero Jucá (PMDB-RR), além de vereadores, deputados federais e estaduais, o governador do estado, Ottomar Pinto, o prefeito da capital, Boa Vista, Iradilson Sampaio, e dos 14 municípios do interior, foi referendada pelo parlamentar.

- Assino embaixo e endosso plenamente a carta que representa o pensamento de todos de Roraima. Espero que o presidente Lula a leve em conta, já que conhece tão bem todos os problemas, que foram levados a ele no início do governo - disse Mozarildo.

Serra do Sol

O senador também citou reportagem publicada na imprensa dizendo que a Organização das Nações Unidas (ONU) ameaça intervir, enviando seus boinas azuis para a região, em defesa da Reserva Raposa Serra do Sol. A organização pediu providências para que o governo federal expulse quem não é indígena da reserva, demarcada durante a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e acusa os que se recusam a abandonar as terras de racismo. O senador defendeu os moradores que resistem e condenou a pressão da ONU:

- Aqueles que ainda estão lá é porque não querem a indenização que está sendo oferecida, porque é ridícula e porque a outra parte da legislação que manda assentar em um local adequado também não tem - disse.



21/08/2007

Agência Senado


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