MP QUE BENEFICIA AGRICULTORES PODE SER VOTADA NA PRÓXIMA SEMANA



A medida provisória que permite aos produtores rurais e cooperativas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste renegociarem dívidas contraídas em financiamentos com recursos dos chamados fundos constitucionais poderá ser votada pelo Congresso Nacional na próxima semana, junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A informação é do vice-presidente da comissão mista que analisa a MP, senador Jonas Pinheiro (PFL-MT).
O senador disse que vem mantendo contato com o presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, para que coloque em pauta a matéria. Para Jonas, a MP que reduz os juros para os agricultores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste necessita ser aprovada com urgência, como forma de socorrer milhares de produtores que se encontram em difícil situação financeira.
A comissão mista resolveu adiar a votação prevista para esta terça-feira, conforme informou Jonas Pinheiro, em virtude de divergências envolvendo os juros a serem aplicados nos refinanciamentos de dívidas passadas dos agricultores. O governo não acolheu as alterações propostas pela comissão, que deseja baixar as alíquotas dos juros.
- Quando a medida provisória foi editada, há 22 meses, os juros de 9% a 16% ao ano não eram altos. Hoje, com uma inflação girando em torno de 4% a 5%, aqueles juros, que constam da MP, se tornaram impraticáveis, sendo que outras linhas de crédito para o meio rural estão mais baratas do que os próprios fundos constitucionais - disse Jonas Pinheiro.
O senador informou ainda que até a próxima sexta-feira, dia em que se encerra o prazo constitucional de análise da MP na comissão, fará gestões junto às autoridades econômicos para que reduzam os juros para os agricultores. "O acordo é o melhor caminho", admitiu Jonas Pinheiro, para quem não adianta nada a comissão aprovar a MP e esta ser vetada pelo presidente da República, ocasionando uma nova reedição.
Pelo texto, a taxa de juros para agricultores familiares, suas cooperativas e associações é de 5% ao ano, exceto para os assentados pelo Incra. As demais taxas de juros instituídas são: 9% para miniprodutores, 10,5% para pequenos produtores, 14% para os médios e 16% ao ano para os grandes produtores. Os novos juros beneficiam também as indústrias, agroindústrias, empresas de infra-estrutura e turismo. Nestes casos, os juros vão de 9% a 16% ao ano.

21/06/2000

Agência Senado


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