Mulheres defendem um mundo sem violência




Deputada Maria do Rosário participou da 2ª Edição da Marcha Mundial das Mulheres, que percorreu a Rua da Praia


A 2ª vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputada Maria do Rosário (PT), participou nesta quarta-feira, dia 17 de outubro, da 2º Edição da Marcha Mundial das Mulheres. Para demonstrar a indignação contra a violência sexista e a pobreza e em defesa da paz, as mulheres caminharam da Esquina Democrática até a Rua Caldas Júnior, distribuíram panfletos e chamaram a atenção da sociedade com seus cartazes e faixas.


A deputada petista recordou que, no ano passado, a Marcha Mundial das Mulheres atraiu para Nova Iorque 10 mil feministas, de 261 países, que disseram não à violência e se colocaram contra a pobreza. "Sem dúvida, este foi um importante passo na caminhada das mulheres. Mas há muito o que fazer. E nós, mulheres, não podemos calar a nossa voz. Espero que as ações desta 2ª Edição da Marcha Mundial das Mulheres não só se multipliquem, como, também, contribuam para o início de uma nova jornada, onde o respeito às diferenças se sobreponha à violência e a miséria".

Dos mais pobres do mundo, 70% são mulheres. Nos últimos 20 anos, o número de mulheres que vive em extrema pobreza cresceu 50%, enquanto a taxa para os homens foi de 30%. Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), feito em 23 países industrializados, concluiu que de 15 a 30% das mulheres pesquisadas já foram assediadas sexualmente. E uma em cada doze delas teve de abandonar seu trabalho.

Maria do Rosário disse que no Brasil, dados da CPI da Violência contra a Mulher instalada no Congresso de maio a outubro de 1992, revelam que a cada quatro minutos uma mulher sofre agressão física. "O agressor é geralmente um homem com quem ela vive ou viveu. No Brasil, não há estatísticas que apontem o número de mulheres assassinadas por seus maridos, companheiros ou namorados. Fala-se que no ano de 1994, no Estado de São Paulo foram assassinadas 450 mulheres e no Estado do Rio de Janeiro 552.

Em Londres, 100 mil mulheres procuram anualmente tratamento médico por ferimentos graves provocados pelo marido ou namorado", assinalou Maria do Rosário, para quem é essencial reverter este lamentável quadro.

10/17/2001


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