Municípios piauienses recebem ajuda para enfrentar a seca
Mais de 20 mil pequenos produtores de caprinos e ovinos, no Vale do Guaribas, na região centro-sul do Piauí, serão beneficiados até 2015 com reservas estratégicas de forrageiras, para que eles possam enfrentar os longos período de seca. A boa-nova vem de ações de transferência de tecnologias, executadas pela Embrapa Meio-Norte, por meio do Programa Brasil sem Miséria, do Governo federal.
Quatro Unidades de Aprendizagem Familiar, em área de 800 metros quadrados cada, com palma forrageira adensada, já estão implantadas nos municípios Padre Marcos, Paulistana e Jaicós. Vinte e cinco técnicos extensionistas da região foram treinados em cultivo, trato culturais, controle de pragas e manejo alimentar.
Com a capacitação dos técnicos, a ideia, segundo o veterinário Anísio Ferreira Neto, coordenador das ações, é que o material genético da palma, para multiplicação, chegue ao alcance de pelo menos 90 por cento dos produtores da região até 2015. O material já está sendo multiplicado, com o uso da irrigação por gotejamento e por gravidade, nas quatro unidades instaladas.
A variedade de palma usada nas Unidades de Aprendizagem Familiar é a Nopalea, conhecida no Nordeste como Miúda. E por que ela foi a escolhida? O veterinário Anísio Ferreira Neto responde: “Ela possui 90 por cento de água, o que permite alimentar e garantir a plena dieta hídrica dos animais nos períodos críticos de seca”.
Um exemplo da eficiência dessa variedade está no perfil das carcaças da maioria dos animais da região. Segundo o veterinário, um caprino ou ovino que pese 40 quilos de peso-vivo, tem uma necessidade alimentar de 12 quilos de forragem verde e oito litros de água por dia. “Esses animais – diz ele – consumindo nove quilos de palma Nopalea (Miúda) por dia, estaria então consumindo 7,2 litros de água. Este é o grande diferencial”.
Fonte:
Embrapa
11/10/2013 17:08
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