Na Amazônia, fila de projetos antigos soma R$ 452 milhões



A presidência do Banco da Amazônia (Basa) enviou documento aos senadores que joga por terra a argumentação do Executivo contra a proposta de emenda constitucional do senador Ademir Andrade (PSB-PA) que aumenta o volume de dinheiro para os fundos regionais de desenvolvimento. Desde o ano passado, não há sobra de dinheiro no Fundo de Desenvolvimento da Amazônia - pelo contrário, a fila de projetos remanescentes de 2000 exigiria recursos adicionais de R$ 452 milhões. No entanto, o orçamento da União prevê que a Amazônia terá neste ano uma verba de R$ 430 milhões.

Conforme o documento, realmente havia até 1999 dinheiro em caixa, mas uma mudança na burocracia permitiu maior agilidade na análise e aprovação de projetos das empresas. Com isso, foi emprestado às indústrias da Amazônia não só a destinação do ano, mas também a sobra de R$ 697 milhões proveniente dos anos anteriores.

A fila de projetos no Basa, encarregado de emprestar o dinheiro do fundo, deverá aumentar ainda mais a partir de agora. Uma lei aprovada em janeiro último incluiu as empresas de comércio e de serviços entre as companhias com direito a pleitear financiamentos dos fundos regionais. Com esta mudança, prevê-se inclusive que a sobra dos Fundos de Desenvolvimento do Centro-Oeste e do Nordeste também deverá ser eliminada.

Na justificativa de sua proposta de mudança constitucional, o senador Ademir Andrade argumenta que a falta de investimentos tem levado as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste e perder participação na geração de riqueza do país. O PIB das três regiões, que representava em 1996 23,4% do PIB do país, caiu para 22,6% em 1998, informa o senador.

03/10/2001

Agência Senado


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