Na posse de Padilha, Lula cobra 'compromisso' de partidos governistas e insiste em mudar fiscalização do TCU



Ao empossar na tarde desta segunda-feira (28) o novo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Congresso representa a sociedade e a vontade dos eleitores, considerando importante que o governo mantenha uma base no Parlamento e que os partidos aliados assumam compromissos com o governo. O presidente do Senado, José Sarney, participou da cerimônia de posse ao lado do presidente da República, no auditório do Itamaraty, lotado por parlamentares, prefeitos, servidores lotados no Palácio do Planalto e militantes petistas.

Ao se despedir do ex-ministro José Múcio Monteiro, que deve assumir em breve uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), Lula disse estar aguardando o Executivo e o Congresso reunirem-se com o órgão fiscalizador para rediscutir alguns procedimentos do TCU com relação a obras federais. O governo tem questionado a prerrogativa do tribunal de embargar obras em que são identificadas irregularidades.

Alexandre Padilha cuidará do relacionamento do Executivo com o Congresso e substitui José Múcio Monteiro Filho, indicado para o posto de ministro do Tribunal de Contas da União. Médico, 38 anos, até então subchefe da Secretaria de Assuntos Federativos do Palácio do Planalto, Padilha declarou-se "petista e lulista" e não economizou elogios ao presidente da República.

Dirigindo-se ao senador José Sarney, o novo ministro afirmou que a participação do presidente do Senado é fundamental para o aprimoramento das relações entre os poderes. Alexandre Padilha disse, ainda, que o governo Lula coloca os municípios em destaque em suas políticas.

O presidente Lula, em tom de brincadeira, observou que o novo ministro "citou um monte de nomes" de parlamentares, prefeitos e pessoas que trabalham no governo, mas se esqueceu de mencionar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (presente à cerimônia), e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (também presente). Lembrou que Bernardo tem a "chave do cofre" e, quanto à ministra, disse que Padilha "vai saber qual é o peso da Casa Civil" quando começar na nova função.



28/09/2009

Agência Senado


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