Sem acordo, partidos de oposição tentarão mudar reforma da Previdência já na CCJ



Terminou sem acordo, na noite desta terça-feira (23), uma tentativa do governo de facilitar a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), nesta quarta (24). PSDB, PFL e PDT, partidos de oposição, não concordaram com a idéia dos governistas de votar emendas apenas quando o projeto chegar ao Plenário.

- Não há acordo e só o PSDB vai apresentar 50 destaques para votação de emendas na CCJ. A reunião tem hora para começar, mas não para terminar - afirmou o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), informando que o PSDB vai votar a favor do parecer do relator Tião Viana (PT-AC), mas ressalvando as emendas em destaque.

Já o PFL, maior partido de oposição na CCJ, apresentará relatório em separado e, se for derrotado, pedirá destaques para suas emendas recusadas pelo relator. O PDT comunicou que votará com o relatório em separado.

O líder do PFL, senador José Agripino (RN), acredita que a votação na CCJ -não terminará nesta semana-, devendo ser concluída só na terça-feira (30).

- A oposição não será pautada pelo governo. Não há motivos para essa correria - sustentou Agripino.

Já o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que os senadores farão um esforço para terminar a votação, observando que existem dezenas de emendas com texto -praticamente idêntico-. Assim, se uma for derrubada, as outras serão consideradas prejudicadas. Mercadante reafirmou a disposição do governo de só negociar a reforma da Previdência quando a matéria sair da CCJ e chegar ao Plenário.



23/09/2003

Agência Senado


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