Natação feminina mostra evolução em Mundial



Para as garotas da natação, o ano de 2013 pode ser considerado um marco. Nesta temporada, elas começaram a receber apoio diferenciado por parte da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, com o início do trabalho de um coordenador exclusivo — o técnico Fernando Vanzela —, além de serviços de uma equipe multidisciplinar própria, incluindo médica especializada em ciências do esporte na parte feminina.

No Campeonato Mundial de Barcelona, disputado entre julho e agosto, o Brasil faturou, nas piscinas, cinco medalhas. Nenhuma delas veio com as mulheres (na prova de águas abertas, o País ganhou outras cinco medalhas, aí, sim, com intensa participação feminina), o que não desanima Fernando Vanzela.

Confira a lista de medalhas do Brasil no Mundial

Ele destaca o quarto lugar de Etiene Medeiros, de 22 anos, nos 50m costas em Barcelona. Para Vanzela, apesar de a prova não ser olímpica, o resultado deve ser ressaltado. “Foi um grande momento, sim, pelo fato dessa colocação ser inédita para o Brasil. Chegamos muito perto de medalha”, avaliou.

O cargo de coordenador exclusivo para a natação feminina foi criado há um ano. E as ações começaram a ser traçadas para as equipes masculina e feminina em separado a partir da participação de atletas de expressão e de juniores em uma clínica em Brasília, no primeiro semestre. Ali, o encontro serviu “para identificação de problemas, avaliações e sugestões”, segundo Vanzela, ainda antes das seletivas para o Mundial de Barcelona.

“As meninas conseguiram índices para os Mundiais Adulto e Júnior [disputado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no fim de agosto]. Também fizemos uma clínica em Curitiba para as garotas da categoria júnior [até 18 anos] que iam participar do Mundial pela primeira vez”, lembra Vanzela.

Já em San Cugat (próximo a Barcelona), foi feito treinamento conjunto no Centro Alto Rendimiento (CAR) por 15 dias, com avaliações constantes por parte da equipe multidisciplinar. “Foram feitos trabalhos na parte biomecânica. E na médica também, com a Katira Hatano, que é da equipe da doutora Thatiana Parmigiano, com especialização em saúde da mulher dentro das ciências do esporte. Foi bom, inclusive para tirar as dúvidas”, explica o coordenador.

Bons resultados

“Depois, o Brasil participou das etapas do Mare Nostrum (tradicional circuito de natação na Europa), com adversárias fortes, como as australianas e as japonesas”, recorda Vanzela, citando bons resultados: “A Daynara de Paula foi bronze nos 50m borboleta na etapa de Barcelona e a Etiene Medeiros ficou em quarto lugar nos 50m costas. Em Canet, na França, foram dois bronzes: de Daynara, nos 100m borboleta e da Alessandra Marchioro, nos 50m livre", destacou.

Depois do Mundial de Barcelona, o Brasil ainda participou do Mundial Júnior em Dubai, quando Fernanda Delgado se destacou. Ela foi finalista nos 50m livre, mas acabou desclassificada por ter queimado a largada. “Também com 16 anos temos a Júlia Nilton, de Fortaleza, que faz a prova dos 50m livre. Ela ficou muito perto da final e ficou de fora por um décimo de segundo nos 50m livre”, recorda Vanzela.

Segundo o coordenador da natação feminina, 2014 será um ano de treino e de buscar colocar um número maior de brasileiros no ranking mundial, pelo menos entre o 30º e 40º lugar. “Existe um estudo do COB [Comitê Olímpico Brasileiro] dizendo que para conseguir medalhas em Jogos Olímpicos os nadadores têm de estar entre os 20 primeiros do mundo no ano anterior. Com isso, as chances de medalhas sobem para 70% ou 80% por cento. Então, precisamos de mais gente no ranking em 2014 para melhorarmos em 2015 e chegarmos com um grupo bem equilibrado físicamente e mentalmente para o Mundial de Doha, no Catar.”

Fonte:
Brasil 2016



09/12/2013 18:52


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