Neide diz que homenagem é para todas as que defendem os direitos humanos femininos



"Recebo este prêmio com muita honra, mas ele não é para mim. Apenas represento inúmeras mulheres que lutam pelos direitos humanos femininos. O Senado, com este prêmio, sai na frente, mostrando a diversidade de gêneros." A afirmação é da assistente social Neide Viana Castanha, uma das cinco eleitas que recebem, nesta quinta-feira (5), em sessão especial do Congresso Nacional, o Prêmio Bertha Lutz.

A homenagem é prestada anualmente pelo Conselho do Diploma Mulher- Cidadã Bertha Lutz a cinco personalidades femininas que prestaram relevantes serviços na área de direitos femininos e em questões de gênero no ano anterior.

Neide nasceu em Januária (MG), em 1954, mas reside em Brasília desde 1985. Atua na luta pelos direitos humanos desde 1973, com destaque em várias atividades, entre elas o trabalho que desenvolveu em São Paulo com as presidiárias da Penitenciária Feminina, na Organização das Prostitutas do centro da cidade e ainda com as Meninas de Rua da Praça da Sé.

A homenageada procurou sempre compatibilizar sua vida profissional com a militância na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, participando ativamente, por exemplo, da mobilização nacional que resultou na aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), entre outros movimentos. Atualmente, é secretária-geral do Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), instituição que ajudou a criar.

Em entrevista à Agência Senado, Neide Castanha explicou que o prêmio Bertha Lutz amplia, entre outras, três grandes ações da luta pelas mulheres:

- Traz legitimidade à luta pelos direitos humanos; dá uma percepção de autonomia, porque conquista não tem idade; e legitima um trabalho no campo dos direitos humanos das mulheres - afirmou Neide Castanho.

Ao ser questionada sobre o que o prêmio muda em sua vida, a homenageada respondeu:

- Vou ficar mais corajosa e mais ousada para continuar nessa luta contra a exploração de mulheres - concluiu Neide.



05/03/2009

Agência Senado


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