No primeiro dia de julgamento no STF, advogados tentam desqualificar acusações de procurador sobre "mensalão"
No primeiro dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Antonio Fernandes Souza, contra 40 pessoas acusadas de se envolver no pagamento de propinas a parlamentares em troca de apoio político, os advogados de 22 deles tentaram desqualificar as acusações.
Para os advogados, não há provas para que seus clientes sejam acusados de crimes como formação de quadrilha, corrupção, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. A sessão desta quarta-feira (22) durou mais de 7 horas e recomeçará às 10h desta quinta (23).
A presidente do STF, ministra Ellen Gracie, reservou até a sexta (24) para a Corte ouvir acusações e defesa e decidir se aceita a denúncia feita pelo procurador-geral. Se a denúncia for aceita, ela se transformará em ação penal, levando os acusados a responder como réus.
Nesta quarta (22), inicialmente o ministro Joaquim Barbosa fez a leitura de seu relatório, com cerca de 50 páginas - o processo todo já tem mais de 11 mil páginas. A seguir, o procurador Antonio Fernandes Souza defendeu a aceitação de sua denúncia. Em seguida, advogados de 22 acusados fizeram a defesa de seus clientes - alguns representaram mais de um acusado.
Falaram os advogados do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, do deputado federal José Genoíno e de Delúbio Soares, Sílvio Pereira, Marcos Valério, Simone Vasconcelos, João Paulo Cunha, José Janene, Pedro Corrêa e Luiz Gushiken, entre outros. Nesta quinta, serão ouvidas defesas de mais 15 acusados.
22/08/2007
Agência Senado
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