Nova CPMF não faz parte do debate do governo, garante ministro



O ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, garantiu nesta terça-feira (22) que não há no governo nenhum debate sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Nessa segunda-feira (21), governadores de estados do Nordeste defenderam um imposto específico para o financiamento da saúde em substituição à CPMF.

O ministro fez a afirmação após a reunião de coordenação política do governo. Luiz Sérgio reiterou, também, as intenções do governo de propor uma correção de 4,5% para a tabela do Imposto de Renda. “Estamos corrigindo a tabela pela meta inflacionária [prevista para 2011]”, disse o ministro. “Mas [isso será feito] só depois que for superada a questão do salário mínimo e a lei for publicada e sancionada”, acrescentou.


Reajuste do mínimo

O governo trabalha com a expectativa de que o Senado aprove nesta quarta-feira (23) o projeto que reajusta o salário mínimo para R$ 545, na forma como a proposta passou pela Câmara. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também participou da reunião de coordenação política.

Sobre a forma como o salário mínimo será definido nos próximos anos – se por lei ou por decreto presidencial – Luiz Sérgio disse que já há jurisprudência envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF). “O salário dos ministros do STF é baseado em lei e regulamentado por decreto”, argumentou o ministro. O projeto é, portanto, “juridicamente perfeito”, na avaliação de Luiz Sérgio.

“Estamos seguros de que juridicamente o projeto está perfeito. O que queremos buscar é uma lei. E o valor por decreto é de acordo com a lei”, completou.


Fonte:
Agência Brasil



22/02/2011 20:27


Artigos Relacionados


Agripino garante que DEM não deixará "nova CPMF" passar no Senado

Governo tenta votar CPMF com oposição e parte do PFL

Jucá garante que governo não vai reeditar CPMF

Mantega garante que governo não pode dispensar CPMF

Presidente da Fiesp garante que governo sobrevive sem CPMF

Jucá garante que governo não adiará mais votação da CPMF