Número de famílias sob responsabilidade exclusiva de mulheres aumentou 37,3%



O dado foi apresentado pelo IBGE com base no Censo 2010. O estudo também revelou que uniões consensuais já representam mais de 35% dos casamentos no Brasil

O número de pessoas que moram juntas sem terem oficializado o casamento cresceu no Brasil nos últimos dez anos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  As informações constam do cruzamento de dados feitos com base no Censo 2010 e revelam que, pela primeira vez, o contingente de pessoas vivendo em união conjugal supera a metade da população (50,1%).

Desse total, subiu de 28,6% para 36,4% o percentual de pessoas vivendo em uniões consensuais. Esse tipo de casamento é mais frequente nos grupos com rendimentos menores, representando 48,9% na classe com rendimento de até 1/2 salário mínimo. Diminuiu também de 49,4% para 42,9% a proporção de cônjuges que optaram pelas uniões religiosas ou civis, sendo maior a queda do casamento religioso.

Em dez anos, os casais formalizaram mais as separações. O percentual cresceu em 20%, passando de 11,9% para 14,6% , entre 2000 e 2010. Um dos fatores que explicam esse aumento, segundo a pesquisa, foi a facilidade na emissão do divórcio para casais sem filhos, a partir de 2007. A medida influenciou a escalada do número de divorciados de 1,7% para 3,1%. O número de pessoas separadas judicialmente caiu (2% para 1,7%).

Esse perfil se reflete nos estados civis: os solteiros continuam sendo mais da metade da população (55,3%), subindo 0,5 ponto percentual em relação a 2000 (54,8%). Os casados caíram de 37,0% para 34,8%. Já o percentual de divorciados quase dobrou, passando de 1,7%, em 2000, para 3,1% em 2010. O grupo de desquitados ou separados caiu de 1,9% para 1,7%.