NUZMAN DEFENDE LEGISLAÇÃO SEPARADA PARA FUTEBOL E DEMAIS ESPORTES



No encerramento da fase de audiências públicas da comissão mista que está analisando a medida provisória que alterou a Lei Pelé, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman defendeu a necessidade de uma legislação esportiva que contemple separadamente o futebol dos demais esportes. Já o outro convidado para participar da reunião, o judoca Aurélio Miguel, apresentou quatro sugestões, entre elas definir como competência do Ministério Público Federal fiscalizar a legalidade dos atos praticados no âmbito das entidades nacionais de administração do desporto (confederações).
Nuzman explicou que a necessidade de uma legislação separada para o futebol deve-se à importância que este esporte tem para o mundo, e em particular para o Brasil. Ele citou como exemplo o fato da FIFA faturar com direitos de transmissão de televisão e marketing um valor igual ou superior ao que o Comitê Olímpico Internacional arrecada. "Se serão duas leis ou uma lei geral com um capítulo para o futebol e outro para as demais modalidades, o Congresso é quem definirá", comentou.
O presidente do COB também sugeriu aos parlamentares da comissão a criação da Justiça Esportiva no Brasil, com os tribunais integrados por juízes remunerados. Ele justificou sua opinião ao comentar que não conhece nenhum presidente de entidade esportiva que nomeie membros para o respectivo tribunal de justiça que votem contra ele. Carlos Arthur Nuzman posicionou-se favoravelmente à realização dos bingos, mas falou da necessidade de haver um maior rigor no seu controle e fiscalização.

30/03/2000

Agência Senado


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