O 1º de maio exige reflexão sobre o trabalhador brasileiro, diz Lúcia Vânia
Em pronunciamento nesta quinta-feira (30), a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) disse que o Dia Internacional do Trabalho, comemorado em 1º de maio, sugere, este ano, uma reflexão acerca do trabalhador brasileiro. A senadora lembrou que há apenas um século a legislação brasileira reconheceu o trabalhador como força motriz da Nação, assinalando que, hoje, esses trabalhadores se veem engajados na máquina global de produção e, assim, precisam reciclar-se continuamente, em especial em um momento de crise como o atual.
Lúcia Vânia afirmou que a recomposição da economia em bases sólidas, iniciada no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi "chave" na reestruturação do mercado de trabalho e em ganhos sociais para os trabalhadores. Ela acrescentou que o "bom senso" econômico mantido nos dois governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi igualmente fundamental para que não houvesse retrocessos na oferta de emprego e na qualidade de vida da classe trabalhadora.
A senadora observou, no entanto, que os trabalhadores precisam estar preparados para a próxima retomada dos investimentos. No novo cenário econômico mundial, afirmou, novas habilidades serão cobradas de todos os trabalhadores, não importa o setor, o que fará com que o poder público tenha maior responsabilidade na instrução de mão-de-obra.
- Entendo que governos, sociedade e empresas devem cada vez mais empenhar-se no binômio educação-treinamento - disse a senadora. - Apesar da situação em que se encontra a economia mundial, não devemos permitir que o pessimismo nos contamine e embarace as ações a serem adotadas.
Lúcia Vânia ressaltou que o Brasil enfrenta uma grande falta de mão-de-obra especializada, como engenheiros da área de exploração petrolífera, matemáticos e cientistas da computação, entre outros. Segundo ela, a urgência na formação desses profissionais ficou ainda maior com a recente descoberta de reservas de petróleo na camada de pré-sal.
- No próximo ano, o Brasil terá um déficit de 176 mil engenheiros. Para atender ao mercado, de 2007 a 2010, o país precisaria formar cerca de 280 mil engenheiros das mais diversas especialidades, mas na verdade só formará 104 mil - disse, citando informações da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
30/04/2009
Agência Senado
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