ODACIR PEDE PRIORIDADE PARA PRODUÇÃO DE FRUTAS
O senador Odacir Soares (PFL-RO) afirmou que o país não oferece à fruticultura apoio e incentivo à altura da importância desse setor para a economia nacional. Ele entende que o governo deveria desenvolver uma política que permita elevar a renda do campo e, assim, beneficiar milhares de pequenos produtores e conter o êxodo rural.
- A perda de força no setor da fruticultura foi denunciada recentemente pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que vê riscos de a Índia ocupar espaço brasileiro nas estatísticas de produção e comercialização, em nível internacional - alerta Odacir Soares.
O senador pediu a atenção do governo para as propostas de revigoramento dessa atividade, apresentadas pela entidade. Ele destacou o crescente interesse pela fruticultura na região amazônica, principalmente em Rondônia, onde a área total plantada com acerola, abacaxi, maracujá, mamão papaya e coco-da-baía já alcança quase quatro mil hectares.
Na opinião de Odacir Soares, são ilusórios os dados estatísticos que apontam ser o Brasil o maior produtor mundial de frutas, pois a metade da produção nacional é de laranja e 20% de banana. "São 70% para as duas frutas, sendo que a laranja é agroindústria, um negócio completamente diferente", garantiu.
O Brasil, conforme o senador, convive com um baixo consumo per capita de frutas e registra perda de renda potencial por parte de milhares de pequenos produtores. "Um mínimo de apoio, orientação e organização dos pequenos produtores, elevaria de muito a competitividade e produtividade agrícolas e a renda do campo", afirmou.
Odacir, certo de que "realizar essa tarefa com urgência é um dos grandes desafios nacionais", aponta as vantagens da fruticultura, onde cada hectare plantado gera entre três e seis empregos diretos (contra um posto de trabalho nas culturas tradicionais), renda entre 2 mil e 25 mil dólares (contra 500 dólares na lavoura tradicional). Tudo isso a seu ver, contribui fortemente para reduzir o êxodo rural.14/07/1997
Agência Senado
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