Ônibus itinerantes atenderão mulheres vítimas de violência no campo



Quatro unidades móveis para atender mulheres em situação de violência no campo e na floresta foram entregues, na manhã desta quarta-feira (21), pelo governo federal a trabalhadoras rurais da Jornada das Margaridas. Os ônibus itinerantes foram disponibilizadas ao estado do Goiás e ao Distrito Federal, sendo duas unidades para cada estado. A iniciativa faz parte do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

Os veículos vão circular nas áreas rurais para apoiar a prestação de serviços de atendimento, acolhimento e orientação às mulheres em situação de violência, a fim de mais mulheres terem acesso e proteção da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).

As duas primeiras unidades móveis do programa foram entregues no início deste mês ao governo da Paraíba. Ao todo, serão entregues 54 veículos no País, sempre duas unidades para cada unidade da federação, investimento de 30 milhões. A gestão de logística e o itinerário dos ônibus são de responsabilidade dos governos estaduais e de municípios-polo, tendo monitoramento da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) e do Fórum Nacional de Enfrentamento à Violência no Campo e na Floresta.

Ônibus de atendimento

Os veículos estão equipados com duas salas de atendimento, netbooks com roteador e pontos de internet, impressoras multifuncionais (digitalização de documentos e fotocópias), geradores de energia, ar condicionado, projetor externo para telão, toldo, 50 cadeiras, copa e banheiro adaptados para a acessibilidade de pessoas com deficiência.

As unidades móveis fazem parte do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e se somam ao programa ‘Mulher, Viver sem Violência’, para a integração de serviços na aplicação da Lei Maria da Penha.

Violência contra a mulher

A violência contra as mulheres é sofrida em todas as fases da vida. Muitas vezes ela se inicia ainda na infância e acontece em todas as classes sociais. A violência cometida contra mulheres no âmbito doméstico e a violência sexual são fenômenos sociais e culturais ainda cercados pelo silêncio e pela dor. Políticas públicas específicas que incluem a prevenção e a atenção integral são fatores que podem proporcionar o empoderamento, ou seja, o fortalecimento das práticas autopositivas e do coletivo feminino no enfrentamento da violência no Brasil.

A violência contra a mulher é referida de diversas formas desde a década de 50. Designada como violência intrafamiliar na metade do século XX, vinte anos depois passa a ser referida como violência contra a mulher. Nos anos 80, é denominada como violência doméstica e, na década de 90, os estudos passam a tratar essas relações de poder, em que a mulher em qualquer faixa etária é submetida e subjugada, como violência de gênero.

 

Fonte:

Secretaria de Políticas para as Mulheres



24/08/2013 19:25


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