ONU contabiliza 57 milhões de homens a mais do que mulheres no mundo



Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) lançado nesta quarta-feira (20), em Nova York, revela que a população mundial triplicou, entre 1950 e 2010, chegando a quase 7 bilhões de pessoas. Neste total, há aproximadamente 57 milhões de homens a mais do que mulheres em todo o mundo.

O documento, que apresenta estatísticas e tendências sobre as mulheres no mundo, demonstra que o predomínio do número de homens sobre as mulheres é observado em países mais populosos como a China, onde a proporção de homens é de 108 para cada 100 mulheres, e na Índia, onde são 107 homens para cada 100 mulheres.

Já na Europa a situação é inversa, lá existem mais mulheres que homens. No Leste Europeu são 88 homens para cada 100 mulheres e em outras partes da Europa o índice chega a 96 homens para cada 100 mulheres. Na América do Sul são 98 homens para cada 100 mulheres.

O relatório da ONU apresenta informações sobre o progresso alcançado pelas mulheres na escolarização, saúde, participação econômica e desigualdade de gênero. O documento foi dividido em oito áreas: população, família, saúde, educação, trabalho, poder e tomada de decisões, violência contra as mulheres, meio ambiente e pobreza.


Mulheres vivem mais do que homens, mas são maioria entre analfabetos

Quanto à expectativa de vida, a pesquisa divulgada pela ONU revela que as mulheres vivem mais que os homens em todas as regiões do mundo. Em países desenvolvidos, a média de expectativa de vida para as mulheres chega a 83 anos, enquanto a dos homens é de 78 anos. Mesmo em regiões pobres, como a África Central, a média é de 57 anos para as mulheres e de 54 para os homens.

No campo da saúde, o relatório destaca que o câncer de mama, entre as mulheres, e o de pulmão, entre os homens, são os tipos da doença que mais registram novos casos. Os dados mostram ainda que as mulheres têm mais chance de morrer por doenças cardiovasculares, sobretudo na Europa.

O levantamento a respeito dos portadores do vírus HIV apontou que as mulheres representam 60% dos adultos soropositivos que vivem na África Subsaariana.

A região abriga dois terços dos 22 milhões de pessoas infectadas pelo vírus no mundo. Outro destaque negativo é que duas em cada cinco mortes contabilizadas no continente, entre homens e mulheres, ainda são provocadas por infecções e doenças parasitárias.

Outro destaque do estudo aponta que as mulheres ainda correspondem a dois terços dos 774 milhões de analfabetos no mundo, ou seja, cerca de 516 milhões dos analfabetos são representados por mulheres. Já do total de 72 milhões de crianças em idade escolar fora das salas de aula, 39 milhões (54%) são meninas.

No ensino superior, as mulheres são pouco representadas em áreas como ciência e engenharia, mas permanecem predominantes em áreas como educação, saúde e bem estar, ciências sociais e artes.

Apesar da maior representação entre os analfabetos e os estudantes fora da escola, as mulheres, quando em sala de aula, reprovam menos do que os homens.


Fonte:
Agência Brasil



20/10/2010 20:27


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