ONU decidirá legalidade da invasão, diz Amorim a Tião Viana



Em resposta ao senador Tião Viana (PT-AC), interessado em saber se uma eventual invasão americana do Iraque significaria ruptura com as normas internacionais e suscitaria punição aos Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, destacou nesta quinta-feira (27) que apenas uma decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) poderá determinar se a invasão poderia ser considerada uma violação das normas internacionais.

- Se houver autorização do Conselho, seria uma invasão permitida, como foi em 1991, em que foi autorizado o uso de todos os meios para os Estados Unidos alcançarem seus objetivos - disse.

Amorim afirmou que, mesmo contra decisão do Conselho de Segurança, os Estados Unidos não sofreriam necessariamente sanções, uma vez que não fazem parte do Tribunal Penal Internacional.

Quanto ao fundamentalismo religioso, Amorim disse acreditar que ele tem relação com a pobreza. Para ele, um esforço mundial no sentido do combater a miséria e a fome, como vem sendo feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, poderia ter por efeito uma neutralização da força do fundamentalismo religioso.

Ainda sobre a possibilidade de guerra no Iraque, Celso Amorim defendeu a importância de manifestações populares contra a guerra, mas afirmou que cada governo julga essas manifestações com seus próprios princípios.




27/02/2003

Agência Senado


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