Onyx pede providência contra cartilha distribuída pela SEC



O presidente da Comissão de Educação, deputado Onyx Lorenzoni (PFL), acompanhado pela deputada Iara Wortmann (PMDB), encaminhou ontem cópia da cartilha produzida pela Secretaria de Educação ao procurador-geral de Justiça, Cláudio Barros e Silva. O parlamentar denunciou o processo de ideologização dos estudantes gaúchos através da cartilha, e também solicitou ao Ministério Público uma investigação aprofundada quanto ao interesse público, ao uso dos recursos públicos e à valia do material para o aprimoramento e aprendizado educacional dos jovens estudantes. Onyx Lorenzini conversou com o procurador-geral de Justiça, explicando que a cartilha trata da proteção socioambiental e o seu conteúdo é muito mais grave do que a da distribuída no ano passado, que versava sobre a dívida externa. "E tem mais um agravante, com a sua 'tese xenofobês' e com posições políticos-partidárias", ressaltou. O procurador-geral de Justiça garantiu aos deputados despachar imediatamente a denúncia para um dos promotores especializados. Ele explicou que o assunto ser analisado pelo promotor escolhido, que vai analisar a questão e tomar a sua posição. Barros e Silva adiantou que o Ministério Público ouvirá os deputados e fará a coleta de todos os dados possíveis para a investigação. Também prometeu aos parlamentares cobrar agilidade dos "colegas". (Colaborou Assessoria de Imprensa do PFL) Portilho considera as críticas oportunistas A polêmica suscitada pelo deputado Lorenzoni sobre o Caderno de Educação Ambiental, produzido e distribuído pela SEC, não passa, na opinião do deputado Edson Portilho (PT) de um discurso frágil, inconsistente e oportunista. "Com esta publicação, a Secretaria pretende subsidiar as reflexões nas escolas públicas estaduais, durante a semana da Pátria", assinalou Portilho, que é vice-presidente da Comissão de Educação. Segundo o deputado petista, as temáticas propostas no material relacionam o meio ambiente com a soberania nacional, o direito social ao ambiente ecologicamente equilibrado e ao desenvolvimento sustentável com justiça social e participação popular. O caderno alerta para a ameaça de o Brasil perder um importante patrimônio ambiental como a Amazônia e para a necessidade de proteger as florestas e a biodiversidade. A água, no entendimento de Portilho, merece uma discussão profunda, pois trata-se de um bem comum, precioso e finito, que não pode ser privatizado sob pena de agravarem-se as injustiças sociais. Para ele, defender o meio ambiente é defender a soberania nacional. Estes 1.800 Cadernos foram distribuídos para as escolas públicas que priorizaram este debate. (Stella Máris Valenzuela)


09/11/2001


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