Onze deputados gaúchos podem ser processados





Onze deputados gaúchos podem ser processados
Comissão de Ética da Assembléia Legislativa tem pedidos para processar 11 parlamentares. Nenhum por crime grave

Acusações vão desde invasão de terras e do Plenário até improbidade administrativa. Os pareceres devem ser votados antes do recesso do dia 16.

A Câmara Federal pode votar amanhã, em segundo turno, a emenda que prevê o fim da imunidade parlamentar, caso a flexibilização da CLT seja votada hoje. Pelo projeto, a imunidade fica restrita a palavra, opinião, voto e atos ligados à atividade do parlamentar.

Na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, dos 55 deputados, 11 estão com pedidos de processos na Comissão de Ética da Casa e os pareceres devem ser votados antes do recesso parlamentar do dia 15. Nenhum dos pedidos de processo dos deputados gaúchos é por corrupção ou por crimes graves.


PMDB amplia quórum, mas Itamar complica
A Executiva Nacional do PMDB irá incluir os cerca de 11.300 vereadores do partido entre os eleitores das prévias que definirão o eventual candidato para disputar a Presidência da República no ano que vem. Hoje, o presidente nacional, deputado federal Michel Temer (SP) conversa com o governador Itamar Franco (MG) e com o senador Pedro Simon, no diretório do PMDB, em Brasília. A decisão eleva para 15 mil o quórum da prévia peeemedebista, em março próximo.

"Já conversei com a Executiva Nacional na semana passada, e estão todos de acordo", disse Temer.
Representante da ala governista Temer não definiu ainda se entrará ou não na disputa contra Itamar e Simon, na indicação do candidato do PMDB , às eleições presidenciais de 2002. "Minha candidatura teria como objetivo manter um mínimo de unidade, com o objetivo de evitar a fragmentação", justificou.

Temer reafirmou que não haverá prévias com quórum reunindo mais de 100 mil filiados, desejo inicial de Itamar. 'A experiência recente do PT mostrou que isso é absolutamente impossível."
O deputado acredita que Itamar não trará novas exigências. 'A idéia do adiamento das prévias, por exemplo, foi do grupo dele (Itamar)", lembrou o deputado.


Um reajuste polêmico na Assembléia.
A bancada do PT na Assembléia Legislativa quer aprovar hoje, um requerimento que possibilita a votação do projeto que altera alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) já na próxima semana.

O projeto de lei do Executivo cria incentivos a setores da economia gaúcha com a redução dos percentuais de ICMS de cerca de 40 produtos. Em contrapartida, sugere aumento de um ponto percentual na alíquota de cigarros, refrigerantes, cervejas, álcool, gasolina e comunicações.
Como o reajuste nos impostos precisa ser votado um ano antes pelo legistativo, o governo terá que para aprová-lo esta semana.

Caso não consiga, poderá convocar os deputados em caráter extraordinário. O PPS já se definiu contra o projeto. A bancada estadual do PMDB esteve reunida ontem, durante duas horas, com o presidente regional, Cézar Schirmer, discutindo a proposta.


Justiça mantém bloqueio de bens e conta de Maluf
Com a decisão, as cartas rogatórias emitidas pela juíza Silvia Andrade estão sendo traduzidas e seguem para o exterior

O Tribunal de Justiça de São Paulo indeferiu o recurso apresentado pela defesa do ex-prefeito Paulo Maluf que pedia a suspensão do bloqueio de bens e dinheiro que estejam em nome de Maluf e de seis de seus familiares na ilha de Jersey, paraíso fiscal no canal da Mancha.

O desembargador Roberto Soares Lima, do TJ paulista, manteve a decisão da juiza Sílvia Maria Meirelles Novaes de Andrade, que determinou, no dia 22 de novembro, o bloqueio dos bens, além do exame das contas bancárias e aplicações fínanceiras em nome da empresa Red Ruby, cujos beneficiários são o ex-prefeito, a mulher dele, Sylvia, os filhos e uma nora.

Apesar de ter apresentado recurso contra a decisão da juíza, Maluf e seus familiares negam que sejam beneficiários da conta.


Governo diz ter votos para mudar a CLT
Projeto que modifica a lei do trabalho deve ir a plenário hoje. Oposição quer que todos os deputados abram seus votos

Após toda a polêmica causada pela pane no painel eletrônico de votação, o plenário da Câmara dos Deputados deverá votar hoje o projeto de lei do Executivo que flexibiliza a CLT (Consolidação das Leis do trabalho).
No entanto, o líder do PT, Walter Pinheiro (BA), não concorda com a nova votação realizada no painel.

Ele e outros líderes da oposição, deverão solicitar ao presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), que a votação seja realizada em viva-voz, como na última quarta-feira.
Os técnicos da Unicamp (Universidade de Campinas) que passaram o final de semana investigando a causa do defeito no sistema, concluíram que não houve erro operacional e liberaram o equipamento para uso.

GOVERNO - A base aliada do governo espera contar com, no mínimo, os 48 votos de vantagem na votação eletrônica que não valeu, cujo resultado extra-oficial, foi divulgado na sexta-feira. O governo teria conseguido aprovar as mudanças na CLT por 255 votos contra 206 da oposição. Houve apenas uma abstenção. Mas a vantagem pode ser ainda maior. É que os líderes da base esperam que pelo menos 50 deputados rebeldes do PMDB e do PTB votem favoravelmente ao projeto.


Editorial

Uma nova proposta

Vai ser posto em votação hoje, no plenário da Câmara dos Deputados, o projeto do governo que flexibiliza as leis trabalhistas.
Em meio à polêmica sobre as mudanças na CLT, o advogado Arnaldo Sussekind, um dos autores da Consolidação das Leis do Trabalho, feita em 1942 e que começou a vigorar em 10 de maio de 1943, diz que a proposta do governo não é a melhor forma de alterar a lei que regula as relações entre patrões e empregados.

Sussekind, 81 anos, concorda que as coisas mudaram nos últimos 58 anos, e que a CLT deve ser modernizada. Mas acha que as mudanças devem ser feitas "por gente que entenda do assunto".
Ele defende a adoção da "lei delegada" para a elaboração das mudanças. Seria criado um grupo de trabalho, semelhante ao constituído em 1942, com poderes, dados pelo Congresso Nacional, para atualizar a CLT de acordo com as atuais necessidades do mercado de trabalho.

Segundo Sussekind, algo bem distinto do projeto de flexibilização do governo. "O projeto é de uma impropriedade a toda prova", diz, com a autoridade de quem foi também ministro do Trabalho.
Ele aponta itens - como o que permite a redução de férias ~ que violam convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho). "Existem convenções internacionais, tratados que o Brasil ratificou, que não podem ser violados. As convenções da OIT só podem ser denunciadas de dez em dez anos", explica. O advogado lembra ainda que as férias devem ser de, no mínimo três semanas, fracionadas em no máximo duas vezes.

É importante que se registre e respeite todas as posições sobre o assunto, mas sem esquecer que o Brasil não pode mais ficar atrelado a leis trabalhistas ultrapassadas, que impedem a geração de empregos e que mantêm o atraso econômico em nosso País.


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12/04/2001


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