Operação da Receita aumenta fiscalização sobre importações irregulares no País
A Receita Federal iniciou nesta segunda-feira (19) uma operação, chamada de Maré Vermelha, para intensificar a fiscalização sobre irregularidades na importação de produtos no País. A ação irá priorizar os itens cuja importação tem prejudicado a indústria nacional, como vestuário, calçados, brinquedos, eletroeletrônicos, bolsas, artigos de plástico, pneus e, cosméticos e perfumaria.
“A Operação Maré Vermelha consiste em um grande esforço da Receita Federal para intensificar a fiscalização nas nossas áreas de portos e aeroportos, visando ao aumento da fiscalização das importações, tendo em vista a situação atual de grande competitividade no mercado internacional, principalmente provocada pela chamada guerra cambial”, destacou o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.
Segundo a Receita, o objetivo não é regular o comércio exterior brasileiro, função que cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), mas apenas evitar que produtos entrem ilegalmente no País ou que importadores utilizem artifícios para pagar menos impostos, como subfaturamento, declaração de origem falsa ou classificação errada da mercadoria.
Será intensificada a fiscalização dentro do Plano Brasil Maior, que prevê uma ação mais concreta em defesa da indústria nacional, da competitividade do produto brasileiro e, portanto, da preservação do mercado, do emprego e da renda do País.
Segundo Barreto, o aumento e a diversificação das importações pelo Brasil nos últimos anos dificultaram o trabalho da Receita Federal. Dados da Receita mostram as importações passaram de US$ 110 bilhões em 2001 para US$ 480 bilhões no ano passado. Os produtos importados também se diversificaram: em 2001, cada operação de importação envolvia uma média de 4,3 produtos; já no ano passado, esse número passou para 11,9.
Para ampliar a fiscalização, a Receita também inaugurou nesta segunda o Centro Nacional de Gerenciamento de Risco (Cerad), que funcionará como uma central de inteligência para direcionar os equipamentos e agentes para os setores e locais onde ocorrem mais ilícitos.
“Utilizando tecnologia de ponta e trabalhos em rede, vamos identificar com mais precisão as fraudes praticadas no comércio exterior”, disse Barreto.
O centro também manterá contato permanente com o setor privado para conhecer os setores mais afetados por ilegalidades nas importações.
Fonte:
Agência Brasil
19/03/2012 19:46
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