Os guerreiros na encruzilhada
Bush enfrenta o ceticismo - Ao fim de quatro semanas de ataques ao Afeganistão, a aprovação dos americanos ao presidente George Bush (87% o apóiam, segundo pesquisa The New York Times/CBS News) contrasta com a descrença nos resultados da ofensiva contra o Talibã. No universo pesquisado, apenas 28% acreditam que Osama bin Laden será capturado (eram 38% há duas semanas) e 53% consideram alta a possibilidade da ocorrência de novos atentados. Esse índice atingia 28% nos levantamentos promovidos há um mês, quando os bombardeios começaram.
Bin Laden libera o terrorismo - A inquietação nacional agravou-se ontem com o alerta máximo nas centrais elétricas dos Estados Unidos, anunciado pelo governo depois dos sinais, emitidos por serviços secretos americanos, de que novos atentados terroristas poderiam ser consumados nesta semana. A medida coincidiu com a notícia, divulgada pelo jornal "The Washington Post", segundo a qual o terrorista Osama bin Laden ordenou às células da Al Qaeda que ajam com autonomia. O vice-presidente Richard Cheney foi levado para um lugar desconhecido. (pág. 1, 7, 8 e 9)
O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, atribuiu as denúncias aos "estrategistas e marqueteiros" do Planalto. O tesoureiro da campanha eleitoral, Diógenes Oliveira, que numa conversa gravada se referiu à boa relação entre o PT e os bicheiros gaúchos, poderá ser expulso do partido. (pág. 1 e 3)
A União pagou aulas de aperfeiçoamento de inglês, em Londres, e "treinamento para tratamento de piscinas". A Presidência bancou, também, cursos de "erradicação de gastos desnecessários". (pág. 1 e 4)
O ministro da Justiça, José Gregori, afirmou que o Conselho Nacional para Refugiados (Conare) vai levar em conta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extraditá-la. O órgão começa a analisar o caso hoje, mas a decisão ainda pode levar alguns dias.
A cantora pediu refúgio no Brasil. Alega que corre risco de vida no México, onde é acusada de aliciamento de menores e atentado violento ao pudor. (...) (pág. 4)
O reitor da UFRJ, José Henrique Vilhena, conseguiu convencer o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, a não cancelar todas as provas. As datas dos exames ainda não foram definidas.
Professores favoráveis ao cancelamento total aprovaram ontem, em assembléia, texto de abaixo-assinado que reivindica ao ministro o afastamento de Vilhena. Os educadores decidiram, também, que continuarão em greve. (pág. 1 e 20)
EDITORIAL
"O último tropeço" - (...) No Brasil, os investidores estão preparados para o pior. Os prejuízos advindos de uma moratória da Argentina já estão embutidos nas carteiras de investimentos há muito tempo. Também o real sofreu desvalorização sensível em função da crise do país vizinho.
Porém, sobre os prejuízos que suas trapalhadas causam à economia brasileira Domingo Cavallo prefere não falar. Faz o mesmo em relação à ilusória paridade entre o peso e o dólar. Cavallo parece usar antolhos: só enxerga numa direção, só vê o que lhe interessa. E a Argentina não pára de afundar. (pág. 10)
COLUNAS
(Coisas da Política - Dora Kramer) - Assim que parar de falar como presidente da ONG Instituto da Cidadania e se vir obrigado a dialogar com o Brasil e o mundo - no mais tarde em junho, quando as convenções partidárias oficializam as candidaturas - na condição de candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva terá de se defrontar com problemas da vida real, do País e do partido, que, por enquanto, dá-se ao luxo de ignorar.
Correndo até o risco de cometer impropriedades de ação e pensamento, como vimos recentemente, no caso da defesa do protecionismo agrícola europeu e na proposta de substituição das exportações pela extinção da fome no País. (...) (pág. 2)
(Informe JB - Ricardo Boechat) - O governador Geraldo Alckmin tem dito a amigos que o ministro Paulo Renato será um ótimo candidato ao Planalto.
Ou ao Senado pelo PSDB de São Paulo.
Mas como seu vice na campanha da reeleição, ano que vem, o papo é outro.
Outras duas empresas aéreas, como a portuguesa TAP e a sul-africana SAA, decidiram honrar bilhetes emitidos pela agência falida. (pág. 6)
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10/31/2001
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