Osmar afirma que fechamento da Chrysler era esperado pelos paranaenses
Osmar Dias lembrou que entre 1996 e 1997, quando era relator na Comissão de Assuntos Econômicos, o Senado analisava empréstimos do Paraná junto ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Na época, juntamente com o senador Roberto Requião (PMDB-PR), Dias exigia que, para liberar os empréstimos, fossem apresentados os protocolos assinados entre o governo do Paraná e as montadoras de automóveis Renault, Audi e Chrysler. As notícias davam conta, acrescentou o senador, de que o governo estava investindo R$ 500 milhões na instalação de fábrica da Renault e R$ 100 milhões em montadora da Chrysler. O pior, lamentou o senador, é que os empréstimos feitos pelo governo estadual às montadoras, com prazo de 10 anos, não eram corrigidos, "o que significa um verdadeiro presente do tesouro a essas empresas".
- O governador está fazendo um governo tão desastrado no Paraná que o seu partido, o PFL, vai ter dificuldades para explicar determinadas operações que estão sendo realizadas por Lerner, como por exemplo o fato de ter quebrado o banco do estado e até agora não ter tomado nenhuma providência para investigar aquilo que se chama de assalto aos cofres do banco. Agora se verifica que estávamos com a razão. Quero comunicar que quatro anos depois eu ganhei o direito de resposta a uma agressão que o governador fez a mim e a Requião no horário comprado nas televisões, dizendo que estávamos trabalhando contra o Paraná - afirmou.
Em função de irregularidades já detectadas, Osmar Dias defendeu que os partidos de oposição ao governo de Jaime Lerner firmem o compromisso de rever todos os contratos assinados por ele. Um deles é o realizado com a Chrysler, de que o senador quer saber como serão pagos os R$ 100 milhões recebidos pela empresa.
Em aparte, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse que o contrato com a Chrysler foi feito no Panamá, que a empresa entrou com apenas US$ 1 e que o restante foi financiado pelo governo paranaense. O senador Lindberg Cury (PFL-DF) lembrou que o fechamento de montadoras, como o da Chrysler, vem ocorrendo em outras partes do país e citou o caso da Ford, que recebeu benefícios fiscais do governo da Bahia da ordem de R$ 180 milhões.
04/09/2001
Agência Senado
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