Osmar Dias defende escola integral para combater violência
Em Chopinzinho, município de 20 mil habitantes localizado no sudoeste do Paraná, 100% das escolas da rede municipal urbana oferecem ensino em tempo integral. Lá, os concluintes do ensino médio têm direito a um cursinho pré-vestibular público. Os colégios da zona rural dispõem de telessalas, computadores e estrutura para o jovem não precisar se deslocar para a zona urbana, a fim de aprender. O senador Osmar Dias (PDT-PR) manifestou a intenção de estender essa experiência para todo o Paraná, visando diminuir a violência juvenil.
- Pequenas comunidades estão preocupadas com o crack, com a droga que está entrando na família e está destruindo o ambiente familiar. E onde é que tem início o uso do crack, da droga, pelas crianças e pelos jovens? Na escola. Ideologia é exatamente isto: é oferecer, na escola, formação preventiva para evitar que esses jovens ingressem nesse vício maldito. A prevenção deve começar lá na escola, com a educação - afirmou
Na avaliação do senador pelo Paraná, investir em educação integral, oferecer oportunidade para o estudante do ensino médio fazer cursos técnicos e garantir cursinhos gratuitos para os pré-vestibulandos que não têm condições de pagar uma escola privada é uma forma concreta de coibir o crescimento da violência. Ele observou que o problema é grave e atinge até Curitiba, considerada cidade-modelo. Na capital paranaense, 540 jovens são assassinados todos os anos.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) relatou a experiência do município de Santo Antônio do Pinhal, que tem 7 mil habitantes e recentemente implantou o programa Renda Básica de Cidadania para toda a população. Ele colocou-se à disposição do prefeito de Chopinzinho, Vanderlei José Crestani para ajudar a levar o projeto para o município. Já o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) observou que o exemplo na área da educação da pequena cidade paranaense pode ser levado a grandes cidades. Sua sugestão é uma implantação gradativa, por bairros.
Agricultores familiares
Em seu pronunciamento, Osmar Dias também alertou o governo federal para a situação que os agricultores familiares estão enfrentando. Ele denunciou que o Ministério da Agricultura não dispõe de recursos para comprar a produção de trigo, arroz e feijão e, dessa forma, garantir um preço mínimo para esses produtos.
- Quando se fala 'nossa prioridade é a agricultura familiar', vamos parar de conversa mole, de conversa fiada e vamos colocar na prática o discurso! Essa coisa de discutir ideologia, de falar ideologicamente 'nós somos de tal linha', isso já encheu o saco daqueles que estão no campo produzindo e não estão tendo como vender sua produção em função da falta de cumprimento das regras estabelecidas pelo próprio governo - criticou Osmar Dias.
24/11/2009
Agência Senado
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